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Greve da função pública afeta escolas e hospitais esta sexta-feira

Paralisação poderá levar ao encerramento de escolas e ao cancelamento de atos médicos.

26 de outubro de 2018 às 05:12

Os trabalhadores da função pública estão esta sexta-feira em greve por aumentos salariais, o que poderá levar ao encerramento de escolas e serviços municipais, ao cancelamento de atos médicos e comprometer o funcionamento de tribunais e finanças.

As três estruturas sindicais que convocaram a paralisação manifestaram à agência Lusa a convicção de que esta vai ser uma grande greve nacional na administração pública, tendo em conta o descontentamento demonstrado pelos trabalhadores.

Inicialmente a greve foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (ligada à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.

Mais de 20 hospitais com adesão à greve entre 60 e 100%

Mais de 20 hospitais de várias zonas do país estavam com uma adesão entre os 60% e os 100% no turno da noite devido à greve, segundo alguns dados da Frente Comum.

Os trabalhadores da administração pública estão em greve por aumentos salariais, o que poderá levar ao encerramento de escolas e serviços municipais, ao cancelamento de atos médicos e comprometer o funcionamento de tribunais e finanças.

De acordo com os dados disponibilizados de madrugada pela Frente Comum relativos ao turno da noite, no Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa a adesão à greve situou-se nos 90%, estando assegurados apenas os serviços mínimos.

UGT diz que várias escolas de todo o país estão fechadas

Várias escolas de todo o país estão de portas fechadas devido à greve na Função Pública, de acordo com a sindicalista da UGT Lucinda Dâmaso.

Em declarações à Lusa junto ao liceu Passos Manuel, cujos portões estão fechados, a sindicalista disse, cerca das 08h30, que a elevada adesão à greve mostra bem o descontentamento dos trabalhadores com o Governo, salientando que não vão baixar os braços.

Junto aos portões do liceu alguns sindicalistas empunham cartazes a dizer "educação de saco cheio" e "precariedade, carreiras e progressões, aumento salarial, trabalho digo, dignidade funcional".

Inicialmente a greve de hoje foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (ligada à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.

Contudo, após a última ronda negocial no Ministério das Finanças, em meados de outubro, a Federação de Sindicatos da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, ambos filiados na UGT, anunciaram que também iriam emitir pré-avisos de greve para o mesmo dia, tendo em conta a falta de propostas do Governo, liderado pelo socialista António Costa.

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