A Ucrânia deverá tornar-se candidato oficial à União Europeia esta quinta-feira, afirmaram ministros e diplomatas esta terça-feira.
Espera-se que os líderes da União Europeia em Bruxelas assinem a recomendação da semana passada da Comissão Europeia. Após vários dias de discussões internas da Aliança, não houve nenhuma oposição entre os 27 estados membros.
De acordo com o Ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês Jean Asselborn antes de uma reunião com outros ministros da União Europeia, citado pela Reuters, a Aliança está a "trabalhar para o ponto em que vai ser dito a Putin que a Ucrânia pertence à Europa".
"Também defenderemos os valores que a Ucrânia defende", reforçou ainda.
A Moldávia está também quase certa de que lhe será atribuído o estatuto de candidato, disseram os diplomatas, embora a Geórgia deva preencher condições, nomeadamente que ultrapasse o impasse político no país.
Apesar de alguns receios entre os países do norte da União Europeia de qua a Ucrânia, que sofre de corrupção endémica, seja irrealista, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca disse que se congratulava com a atribuição do estatuto de candidato.
"É muito bom e é algo que a Dinamarca apoia de todo o coração; queremos ajudar a Ucrânia a realizar o seu sonho europeu", disse Jeppe Kofod aos repórteres no Luxemburgo.
Embora a candidatura marque uma mudança estratégica da UE para Leste face à guerra da Rússia na Ucrânia, Kiev levaria anos a tornar-se membro da Aliança, se é que o faria.
A Ucrânia já tem um pacto de comércio livre com a UE, mas candidatou-se à Aliança dias após a invasão da Rússia. Moscovo diz que a sua "operação militar especial" foi em parte necessária pela invasão ocidental no que caracteriza como sendo a sua esfera de influência geográfica legítima.
Putin tem minimizado até agora a questão da adesão da Ucrânia à UE.