A legislação europeia obrigava Portugal a inspeccionar e licenciar todos os parques zoológicos até Abril de 2005. Um ano antes, um relatório elaborado pelo Eurogrupo para os Animais, que representa organizações de protecção animal de quase todos os Estados-Membros europeus, revelava que havia muito para melhorar. Na altura, 22 dos 30 parques não apresentavam condições para obter o licenciamento. Destes, nove precisavam de fazer remodelações profundas para conseguir o licenciamento.
Em Janeiro de 2006, quase um ano depois de a legislação entrar em vigor, menos de metade dos parques zoológicos portugueses estavam licenciados. De acordo com os dados de outro relatório do Eurogrupo para o Bem-Estar Animal sobre a aplicação da directiva comunitária sobre zoos indicavam que apenas 13 parques estavam licenciados.
Em Maio de 2007, o Director-Geral de Veterinária garantia que a esmagadora maioria dos parques zoológicos portugueses já estava licenciada. Contudo, passado mais de um ano e volvidos mais de três desde a obrigatoriedade do licenciamento destes parques, o Eurogrupo analisou novamente a situação no nosso País e chegou à conclusão que ainda existem seis parques zoológicos que estão a funcionar ilegalmente, sem a licença necessária, sendo que 20 zoos já a obtiveram.
De acordo com este novo relatório, 'os problemas encontrados variam entre instalações estéreis, animais altamente sociais alojados em isolamento e animais de várias espécies mantidos juntos inadequadamente'. A organização assinala ainda que 'alguns animais foram vistos a auto-mutilar-se e a portar-se de forma agressiva contra outros animais”, tendo sido identificados riscos de segurança para animais e pessoas.