Mãe já nem equaciona que filha volte à escola em que foi agredida, há quase um mês.
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A menina, de 11 anos, que foi alvo de agressões por parte de colegas da EB 2/3 Ruy D’Andrade, no Entroncamento, não vai às aulas desde 8 de fevereiro. Por esta altura, permanece de baixa médica e a mãe já nem equaciona que volte à escola em que foi agredida, há quase um mês.
“Fizemos um pedido à DGE [Direção-Geral de Educação] para que fosse transferida para a Escola Manuel Figueiredo, em Torres Novas, onde já tinha algumas amigas que poderiam ajudá-la na integração, mas responderam que não havia vagas”, disse a mãe ao CM.
Semanas após a agressão, que foi filmada e publicada nas redes sociais pelas colegas, a mãe nota que a menina está a mostrar sinais de recuperação. “Ela está bem. Ficou muito feliz com a possibilidade de ir estudar onde tinha amigos”, acrescentou a progenitora, que preferiu não se identificar. “Aqui, no Entroncamento, ela não tem contacto com ninguém”, sublinhou ainda.
A mãe, que voltou ao trabalho na passada quarta-feira após um interregno de semanas para acompanhar a filha, revelou ainda que, após ter sido confirmado que não havia vagas em Torres Novas, foi oferecida à menor a possibilidade de estudar em Vila Nova da Barquinha. “Infelizmente, não tenho transporte próprio para a levar para lá”, lamentou.
Da parte da direção da Escola Ruy D’Andrade não houve mais contactos com a família desde que foi anunciada a abertura de um inquérito interno. “Desde então, a escola só falou comigo para justificar faltas e tratar da transferência”, disse a mãe. “Não sinto apoio da parte deles”, apontou a progenitora. A agressão ocorreu num contexto de bullying sobre a menina, que durava há meses. A menor tinha já sido alvo de ameaças de morte por parte de colegas, através da internet.
Dinis A. Saraiva diretor Agr. Infante D. Henrique, Viseu
"Há sempre casos de conflito"
CM- No Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, em Viseu, é conhecido algum caso de bullying?
– Há sempre situações de conflito que nos ultrapassam e fogem ao nosso controlo mas, se considerarmos o bullying como um ato contínuo de violência ou agressões, sejam estas físicas ou psicológicas, não temos registo de qualquer caso que envolva crianças ou adolescentes dos nossos 17 estabelecimentos escolares.
– Como é que a escola gere os casos que aparecem?
– A escola gosta de perceber os motivos e de ouvir todos os intervenientes. Ou seja, os alunos envolvidos, os pais, o diretor de turma, que tem um papel fundamental na mediação do conflito, e a própria direção da escola. Só quando as situações provoquem agressões físicas é que comunicamos à Escola Segura, que intervém através das forças policiais.
– O que fazem para combater este fenómeno?
– Temos projetos que promovem a inclusão e defendem os valores do respeito e da solidariedade entre todos. Acho que esse é o caminho a seguir.
Esquadrão AntiBullying
O Núcleo Multidisciplinar do Agrupamento de Escolas de Canelas, no concelho de Vila Nova de Gaia, desenvolveu no ano passado um projeto de intervenção denominado Esquadrão AntiBullying. Objetivo era dar a conhecer aos alunos o que é o bullying, em que formas pode ocorrer, como se identificam as vítimas e/ou os agressores, e os motivos que os levam a ter comportamentos desviantes. Estes encontros resultaram num vídeo, que pode ser visto no site deste estabelecimento de ensino.
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