A ABMG- Águas do Baixo Mondego e Gândara finalizou as obras relativas à perfuração de um furo de profundidade, no reservatório da Presa, em Mira. Com o objetivo de atingir os valores de referência dos parâmetros de qualidade da água, que até então, não se verificavam, esta intervenção vai permitir que tal passe a ser uma realidade, potenciando, igualmente, o aumento da quantidade de água disponível para distribuição aos utilizadores.
O funcionamento do furo no Reservatório da Presa irá também estabilizar a produção de água na Estação de Tratamento de Água da Lagoa, assim como permitir que a qualidade de água desta ETA estabilize e possa oferecer garantias de confiança absoluta no seu consumo.
Desta forma, a unidade de Lagoa fica destinada, apenas, a fornecer água ao Reservatório de Mira. A entrada em funcionamento da captação irá abastecer as localidades de Presa, Valeirinha, Portomar, Seixo, Cabeças Verdes e Cabeço.
Esta empreitada está inserida nos sete projetos financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), englobando um investimento total de 9 milhões de euros, sendo o valor da comparticipação de 3.9 milhões de euros.
A ABMG, que agrega os municípios de Mira, Montemor-o-Velho e Soure, tem em curso duas empreitadas no concelho de Montemor-o-Velho: a ampliação e beneficiação da ETAR e a construção da rede de esgotos de Arazede e Liceia.
A remodelação da ETAR de Montemor-o-Velho tem como objetivo sujeitar as águas residuais a um grau de tratamento que permita salvaguardar o meio, assim como contribuir para a poupança de água potável. Desta forma, esta água poderá ser utilizada como água de serviço da própria ETAR ou ser utilizada para outros fins como rega, lavagem de pavimentos e/ou viaturas. Com um investimento de mais de um milhão de euros, a construção da rede de esgotos de Arazede e Liceia, pretende dotar as localidades de Tojeiro, Catarruchos e Pisão de rede de saneamento, contribuindo, desta forma, para o aumento de adesão ao serviço e para a não contaminação dos lençóis freáticos.
Já no concelho de Soure, iniciou-se também a construção da primeira fase da rede de águas residuais de Simões, Lourenços, Mogadouro, Marco do Sul e o seu encaminhamento para o emissário de ligação à ETAR de Almagreira, que inclui a construção de 14 km de coletores, quatro estações elevatórias e 5.6 km de condutas elevatórias.
No âmbito desta empreitada, está incluída também a execução do subsistema de drenagem de águas residuais domésticas na freguesia de Samuel, das localidades de Coles de Samuel, Marco de Samuel, Casalinho, Palhais e Cardal.
Este projeto prevê a construção de 10.79 km de rede de saneamento nas referidas povoações, assim como a execução de três estações elevatórias, condutas elevatórias e a concepção/construção de uma ETAR em Valada.
Comum aos três municípios, a ABMG já iniciou as obras, num valor total de 1.2 milhões de euros, controlo e redução de perdas de água da rede de abastecimento, que implica a substituição de condutas de água, aquisição de equipamentos de monitorização e medição de caudais, aquisição de novos softwares para telegestão/telemetria e equipamentos de deteção de fugas.
A ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara é uma empresa intermunicipal criada pelos municípios de Mira, Montemor-o-Velho e Soure com o objetivo de assegurar o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais para um universo de cerca de 30 mil clientes e 53 mil habitantes.