Uma combinação mais que perfeita

Os nomes de ‘A Ponte dos Espiões’ são suficientes para garantir o seu sucesso. O filme, que esta quinta-feira chega a Portugal, é protagonizado por Tom Hanks, realizado por Steven Spielberg (o quarto trabalho juntos, após ‘O Resgate do Soldado Ryan’, ‘Terminal de Aeroporto’ e ‘Apanha-me se puderes’) e escrito pelos irmãos Joel e Ethan Coen (a partir de um argumento de Matt Charman).

Baseada num caso verídico, a película decorre na década de 60, com os Estados Unidos e a União Soviética em plena Guerra Fria, e conta a história de James B. Donovan (Hanks), o advogado que ficou conhecido por salvar da pena de morte Rudolf Abel (Mark Rylance), espião do KGB detido pelo FBI.Alguns anos mais tarde, é chamado para negociar a libertação de um piloto norte-americano capturado pelos soviéticos em troca da libertação do antigo cliente. Donovan torna-se então numa peça essencial nas conversações entre os dois países, num ambiente de grande tensão política.

"Achei que Tom [Hanks] era a escolha óbvia para James Donovan", afirma Steven Spielberg, que partilha com o ator as memórias de infância sobre a ameaça da antiga URSS. "Estava na TV, nos jornais. Toda a gente falava do Dia do Juízo Final", recorda o cineasta, mostrando como viveu o medo de uma guerra nuclear, ao ponto de fazer reservas de água em casa, para o caso de ataque. Um medo que nunca desapareceu totalmente. Em Paris, a estreia de ‘A Ponte dos Espiões’ foi cancelada depois dos recentes atentados.