"A kizomba vai tornar-se um fenómeno mundial"

Yola Semedo estreia-se esta sexta-feira no Coliseu de Lisboa.

16 de julho de 2015 às 19:44
Yola Semedo Foto: DR
Partilhar

A cantora angolana Yola Semedo estreia-se esta sexta-feira no Coliseu dos recreios, em Lisboa, num espetáculo de comemoração dos 30 anos de carreira. Recentemente galardoada com quatro prémios na terceira edição do Angola Music Awards, Yola terá como convidados especiais Matias Damásio, Mikas Cabral e Rui Veloso.

Yola Semedo - (Risos) Já houve oportunidades antes, mas eu acho que não estava preparada para dar este passo. Mas agora aqui estou. Achei que estava na hora de encurtar esta distância…

Pub

Sim, tive o privilégio de conhecer o Rui há três anos num espetáculo em Luanda em que eu fui sua convidada. Desde então temos mantido sempre o contacto. Aliás, eu já cheguei a cantar com ele num evento privado no Porto.

Sim, sei que há uma febre de kizomba em Portugal. Acho que é muito bom para nós, porque afinal de contas é o nosso estilo. Sinto-me muito orgulhosa com aquilo que os artistas angolanos estão a conseguir em Portugal.

Pub

A kizomba tem a ver com a forma como se dança, com a intimidade com que duas pessoas podem dançar. Acho que é o casamento perfeito.

Claro que como qualquer outra coisa, há uma altura em que pode começar a cansar. Eu acho que nos cabe a nós, artistas angolanos, prevenir para que isso não aconteça. O ouvido cansa se não se fôr fazendo mudanças. Mas eu não tenho dúvida que a Kizomba vai tornar-se um fenómeno a nível mundial. 

Comecei a cantar aos sete anos. Eu estava sempre a jogar à bola com os rapazes e o meu pai achou que a única forma de tirar uma rapariga do futebol era pô-la na música. Logo aos sete anos fui a um festival infantil mas esqueci-me da letra. Tive que ser retirada do palco e tudo (risos).

Pub

No início não gostava nada porque tinha que estar sempre a ensaiar e não tinha tempo para brincar. Acho que até ganhei alguma fobia. O que eu queria ser era astronauta. Mais tarde eu e os meus irmãos formámos um grupo que é os Impactos 4 que ainda hoje existe. Os nossos pais pagavam os nossos estudos com os nossos espectáculos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar