Agir: "Sinto que nada é feito ao acaso"

Correio da Manhã – Foi o vencedor do Best Portuguese Act 2015 da MTV Europe Music Awards. O que significa este prémio para si?

Agir – Significa que as noitadas no estúdio e os dias na estrada compensaram. É um prémio que me deixa orgulhoso, principalmente porque foi atribuído pelas pessoas a quem dou mais valor: o público.

É um incentivo para a internacionalização da sua carreira?

Gosto muito de viver em Portugal e não me vejo a viver noutro sítio do Mundo, mas gostava de trabalhar, de forma esporádica, noutros países.

Que planos tem para atingir essa ambição?

Estou a preparar uma maquete com temas cantados apenas em inglês. Irá servir como cartão de visita para, quando for ao estrangeiro, poder mostrar o meu projeto às pessoas do meio e tentar a minha sorte lá fora.

Será um álbum com temas inéditos ou versões em inglês das suas canções cantadas em português?

Não vou adaptar nenhum dos meus temas. Quando componho um original, raramente gosto de voltar a ele. Quero fazer algo coeso e sentir que as canções fazem sentido umas com as outras.

Este verão teve uma agenda de concertos bem preenchida....

É verdade, coitadas das pessoas! (risos). Para mim, a digressão de verão ainda só vai a meio. Vou agora atuar nas festas de receção ao caloiro que acontecem um pouco por todo o País. Realmente, não me posso queixar muito.

Como avalia a sua evolução em termos musicais?

Desde os meus 12 anos que estou ligado à música, por isso, sinto que é tudo muito sustentado e nada é feito ao acaso. Não é algo que tenha caído do céu.

O seu pai, Paulo de Carvalho, teve algum papel nesse campo?

Não houve uma influência direta, além dos valores que me passou. Ainda por cima a música que faço tem zero a ver com o que o meu pai faz. Ele nunca ouviu muito hip-hop...

É então um trabalho a solo.

Sempre fui, e continuo a ser, um bocado solitário na composição e produção das minhas coisas. Sou só eu, com o meu teclado e o meu computador até às tantas da manhã.