Ana Faria, a criadora de sucessos para o público infantojuvenil
Cantora tornou-se conhecida no ‘Zip-Zip’, foi a responsável pelo projeto ‘Brincando aos Clássicos’ e lançou as bandas Queijinhos Frescos e Onda Choc.
A cantora e pintora Ana Faria morreu no sábado, em Lisboa, aos 74 anos. Nascida em Nova Lisboa, Angola, em 1949, tornou-se conhecida em 1969 quando participou no programa ‘Zip-Zip’, da RTP, no qual cantou ‘Canção de Embalar’, de José Afonso, e ‘Avé Maria do Povo’, popularizado por Simone de Oliveira.
O primeiro álbum a solo, ‘Violeta Flor’, só chegou, no entanto, em 1982, com originais da própria, do marido, Heduíno Gomes (que se manteve a seu lado até à morte), e de Mário Piçarra.
Seguiram-se outros discos. Também participou em projetos do Grupo Decibel e dos Terra a Terra, que apostaram na recriação da música tradicional portuguesa.
Ainda na década de 80, e na seguinte, lançou projetos musicais dedicados ao público infantil e juvenil: os discos ‘Brincando aos Clássicos’ - considerados uma referência para a educação do gosto das crianças de então -, e as bandas Os Queijinhos Frescos, ao lado dos filhos João, Nuno e Pedro Faria Gomes, e Onda Choc, que adaptava música pop internacional, tornaram-se um sucesso.
São também criações suas os Jovens Cantores de Lisboa e as Popeline. Depois, retirou-se da vida pública para se dedicar em exclusivo à pintura e aos retratos, e editou alguns livros para crianças, cujos textos e ilustrações são da sua autoria.
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