BRIDGEWATER CANTA WEIL

Acompanhada por um octeto com três metais, teclados, bateria, contrabaixo e percussão, espera--se de Dee Dee uma prestação ainda superior ao disco. A possibilidade de maior improviso nas actuações ao vivo, traz muitas vezes momentos de inspiração que, na maioria das vezes, não cabem no estúdio.

A Marino Freitas Big Band fará a primeira parte da noite de abertura do Festival. Orquestra formada para o festival, inclui além do líder em baixo eléctrico, músicos consagrados no jazz português como Claus Nymark (trombone), André Sousa Machado (bateria) e Rodrigo Gonçalves (piano).

Amanhã à noite acontecem mais dois espectáculos de música bem diversa: as actuações do Quarteto de Miguel Braga e o seu projecto "Trana Atlântica” (música de fusão com "bossa-jazz"), e da orquestra de soul e funky liderada pelo já lendário saxofonista Maceo Parker, que por várias vezes já passou pelo nosso país, tendo até participado no primeiro disco de Pedro Abrunhosa, “Viagens”.

LUFADA DE AR FRESCO

A última noite do evento, sábado, contará também com dois concertos, e, como em todas as outras, com um grupo português a actuar na primeira parte.

Três vocalistas e uma secção rítmica formam a Trupe Vocal, que interpreta clássicos do jazz ao estilo dos Manhattan Transfer ou dos New York Voices.

As vozes de Fátima Serro, Suzana Baldaque e Kiko são excelentemente sustentadas pela secção rítmica dirigida pelo pianista Paulo Gomes.

O grupo constitui uma lufada de ar fresco no jazz vocal em Portugal e já têm o seu primeiro CD gravado.

Depois, e a fechar o certame, actuará o quinteto do contrabaixista norte-americano Rufus Reid, músico muito ligado ao ensino, que trará consigo o jazz clássico do "mainstream", numa formação típica de saxofone tenor, trompete, piano, batedria e contrabaixo.

Várias actividades paralelas completam este 3.º Festival Funchal Jazz sendo de destacar a homenagem ao guitarrista madeirense Carlos Menezes. Este músico de 81 anos há muito retirado do profissionalismo, foi o guitarrista de Shegundo Galarzza durante décadas e um dos primeiros a tocar no Hot Clube, onde por esse tempo actuava outro madeirense, já falecido, o grande pianista Helder Martins.