Bruno Schiappa ‘é’ três mulheres em cena
<p align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt">Para provar que “não há nada de prático nem objetivo no chavão ‘Os homens não choram’, Bruno Schiappa – que está a celebrar 25 anos de carreira como ator – decidiu pegar em três monólogos escritos para mulheres e emprestou-lhes corpo e voz.
Sem querer ser “um espetáculo feminista ou de temáticas transexuais ou transgéneros”, ‘Três Mulheres no Mesmo Homem’, em cena no Teatro da Trindade, Lisboa, até dia 29, é a demonstração de que “os homens têm tanta capacidade para ser emotivos como qualquer mulher”.
“Há muito tempo que queria fazer um espetáculo sobre os dois géneros”, diz Brusno Schiappa. “E agora que estou mais maduro, que acumulei vitórias e derrotas na minha vida, acho que posso dar a força emotiva necessária às personagens.”
No palco do Teatro da Trindade, o intérprete cruza escritos próprios com textos maiores da literatura mundial – e de William Shakespeare a Heiner Müller, passando por Fernando Pessoa – e interpreta partes de ‘A Voz Humana’ de Jean Cocteau, ‘Os Dias Felizes’ de Beckett e ‘Carta de Amor’ de Arrabal.
Quase sem cenário e com o mínimo de adereços, Schiappa aparece em cena vestido como um homem, mas muito maquilhado. Despe-se e veste casacos, anda de saltos altos, mas não chega a transformar-se fisicamente numa mulher. Essa não é a ideia. Apenas mostrar como um homem pode sentir as dores da rejeição, dos casamentos infelizes e da maternidade.
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