“Cannes apoia o nosso cinema”
<p align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt">O músculo do cinema português continua a marcar presença no Festival de Cannes.
Depois da confirmação de Miguel Gomes (realizador de ’Tabu’ premiado em Berlim 2012) como presidente do Júri da Semana da Crítica, foram confirmadas entretanto as presenças da curta de João Nicolau, ‘Gambozinos’ e a estreia de Basil da Cunha no formato de longas metragens, com ‘Até Ver a Luz – Après da Nuit’, na seleção oficial da Quinzena dos Realizadores.
Com a curiosidade de tanto João como Basil serem reincidentes na quinzena, sendo que Basil será igualmente concorrente para o prémio Câmara de Ouro, a distinguir a primeira obra em estreia mundial.
“Estamos gratos por o festival de Cannes apoiar uma vez mais o nosso cinema”, responde assim Basil da Cunha ao pedido do CM para comentar este feito. E não esquece quem o apoiou.
“Eles foram os primeiros a dar-nos visibilidade, juntamente com o festival de Vila do Conde. Foi com a curta ‘Os Vivos Também Choram’, vencedora de uma menção honrosa na Quinzena e com o prémio nacional no Curtas de Vila do Conde. “Faz por isso todo o sentido estrear a nossa primeira longa neste festival.”
‘Até ver a Luz’ é um filme “todo falado em crioulo”, por isso mesmo o luso-suíço salienta a importância do “apoio de todos os moradores do bairro da Reboleira”.
É, de resto, neste bairro que seguimos ‘Sombra’, um traficante de droga saído da prisão e que acabará por ser julgado, não por o que fez, mas porque não é compreendido.
“É bom ver que com poucos meios, longe da indústria e orçamentos ridículos fomos capazes de dos unir” e apostar num elementos essencial “a colaboração”, refere.
Mas agora que olha para o futuro, lança o apelo: “Espero que seja uma oportunidade para os media olharem para nós de outra maneira” e encararem “o trabalho positivo que um bairro pode produzir”.
Basil da Cunha insistem ainda em salientar que o filme representará “não só Portugal, como a Suíça e sobretudo Cabo Verde”, louvando aquilo que considera ser “uma bela mixidade de culturas”.
‘Até ver a Luz’ foi produzido por uma companhia suíça e será distribuído em Portugal por O Som e a Fúria.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt