Cansado mas feliz, La Féria homenageia Carmen Miranda

"Estou exausto, mas feliz", revelou ao Correio da Manhã o encenador Filipe La Féria, que estreou ontem, no Teatro Politeama, Lisboa, o espetáculo ‘Carmen Miranda – O Grande Musical’.

Um trabalho que, garante, "é, cenicamente, o mais complexo" da carreira. "Inclui uma grande sequência de vídeos, feitos no Brasil, e recorremos à Inteligência Artificial", diz o criador, que, para o texto, se inspirou no livro do biógrafo brasileiro Ruy de Castro, ‘Carmen – Uma Biografia’, de 2005.

“Era preciso contar ahistória desta mulher que saiu de Marco de Canaveses para se tornar na maior estrela de Hollywood – é a portuguesa mais famosa do Mundo e embora as pessoas pensem que sabem muito sobre ela, a verdade é que não sabem quase nada”, acrescenta La Féria, que deu a Paula Sá a tarefa de assumir o papel de protagonista.

“É uma artista extraordinária, das melhores da sua geração, e em palco está muito bem acompanhada, porque o elenco é de primeira ordem. Temos a Noémia Costa a fazer de mãe da Carmen Miranda, o João Frizza, a Élia Gonzalez, a Rosa Areia... Além de um corpo de baile composto por 16 bailarinos e de uma orquestra ao vivo. Ao todo, são 40 figuras em cena”, sublinha Filipe La Féria, que, na estreia, recebeu a Medalha de Mérito do Ministério da Cultura. “É bom, mas não é o que enche as salas”, afirmou. “Tenho de dar qualidade ao público e essa é a primeira preocupação.”