CCB está à espera de hotel
Presidente António Lamas recusa falar de um “dossier complicado”.
Anunciado desde 2006, quando Mega Ferreira assumiu a condução do Centro Cultural de Belém, e defendido posteriormente por Vasco Graça Moura, o hotel CCB ainda não encontrou financiamento para avançar. O atual presidente do conselho de administração, António Lamas, em funções desde setembro, recusa falar do assunto, enquanto fonte próxima diz que "se trata de um dossier muito complicado", que "exigirá, necessariamente, tempo e ponderação".
O CCB, que desde o início previa a construção de mais dois módulos – um para o hotel e outro para uma zona comercial –, foi inaugurado em 1993 com três. Desde então, o hotel tem sido defendido com o pretexto de que ajudaria ao financiamento das atividades.
A ideia de António Mega Ferreira era mesmo fazer com que as receitas geradas pelo hotel ajudassem a construir o módulo restante, incluindo uma biblioteca e um auditório com capacidade para 600 pessoas.
De qualquer forma, e uma vez que o CCB perdeu a autonomia financeira no último trimestre do ano passado (mais propriamente a 1 de setembro de 2014), está agora equiparado à Administração Pública e obrigado a justificar as despesas à tutela – como já o fazem os teatros nacionais, por exemplo. Essa obrigação estender-se-á às atividades empresariais que o sustentam, incluindo a gestão do hotel.
Por questões autorais, a construção desse edifício terá de ser previamente aprovada pelos arquitetos do projeto original.
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