Diogo Infante 'dá' sala aos textos e aos atores
Espaço principal do Teatro da Trindade vai passar a chamar-se Carmen Dolores.
É para "os bons textos" e para os atores que Diogo Infante, diretor artístico do Teatro da Trindade, reserva aquele espaço lisboeta que dirige há seis meses - "embora pareça mais". Infante, que substituiu Inês de Medeiros (agora autarca de Almada), apresentou esta terça-feira a sua programação para a próxima temporada e uma das grandes novidades é que vai batizar a Sala Principal do Trindade como Sala Carmen Dolores.
"Eu disse à Carmen e ela respondeu-me: 'Ai que horror!'", revelou ontem o diretor, que tem 300 mil euros da Fundação Inatel para fazer o seu programa, mas que conseguiu o apoio de várias empresas para levar o seu barco a bom porto.
"O Trindade vai assumir-se como coprodutor da maior parte dos espetáculos", adiantou, precisando que na temporada 2018/2019 aquela casa vai estrear onze produções, dez das quais em coprodução e uma de produção própria. Trata-se de 'Zoom', uma peça que o próprio Diogo Infante vai encenar, com Sandra Faleiro, João Reis, Sara Matos e Virgílio Castelo.
Uma das grandes apostas da programação será, ainda, a estreia de 'Romeu e Julieta', de Shakespeare, que juntará os atores Bárbara Branco e José Condessa nos protagonistas, sob a direção de João Mota.
Infante optou também por contrariar a tendência das carreiras curtas e vai dar "5 a 6 semanas aos espetáculos na Sala Estúdio" e "8 a 10, ou mais, na Sala Principal". E também vai antecipar o horário de início das peças em meia-hora.
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