Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa

Quinteto norte-americano celebrou na praça de touros do Campo Pequeno os 20 anos do álbum conceptual ‘Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory’

03 de fevereiro de 2020 às 20:58
Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa Foto: Sérgio Lemos
Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa Foto: Sérgio Lemos
Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa Foto: Sérgio Lemos
Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa Foto: Sérgio Lemos
Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa Foto: Sérgio Lemos
Dream Theater: virtuosismo à solta em Lisboa Foto: Sérgio Lemos
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Esteve longe de encher a praça de touros do Campo Pequeno para receber, este domingo à noite, os virtuosos Dream Theater na sua digressão ‘Distance Over Time Tour’.

Se o último álbum de originais era o cerne da tourné que passou pela sala lisboeta, depois de no sábado terem atuado no pavilhão multiusos de Gondomar, em causa estava mesmo a celebração dos 20 anos da edição original de ‘Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory’.

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Reis do ‘metal’ progressivo, o quinteto norte-americano voltou a mostrar a excelência dos seus executantes, bem acompanhados pela voz de James LaBrie.

Foi difícil encontrar falhas nesta sinfonia metálica que durou quase três horas; quem andou à procura de ‘pregos’ foi para casa desiludido!

É verdade que a acústica do Campo Pequeno não ajudou a relevar as malhas mais intricadas – o som saído da bateria foi sofrível em alguns trechos – mas ninguém colocou em causa o concerto.

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O álbum ‘Distance over Time’, lançado em fevereiro do ano passado, ocupou a primeira parte da noite, com as canções sempre bem enquadradas pelo filme que ia passando no ‘videowall’ por trás do baterista Mike Mangini.

Jordan Rudess, nas teclas, montava a base das melodias enquanto John Petrucci, na guitarra, e John Myung, no baixo, as "trabalhavam" com afinco e sem falhas.

Aliás, talvez essa fosse uma das pechas do concerto de tão perfeito que foi. Se fechássemos os olhos, quase parecia que estávamos em casa a ouvir um dos muitos discos ao vivo da banda.

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Numa actuação iniciada com ‘Untethered Angel’, destacaram-se ‘Fall Into the Light’, ‘Barstool Warrior’ e ‘In the Presence of Enemies (Part I)’, para a primeira parte terminar com ‘Pale Blue Dot’.

Intervalo prolongado para preparar a entrada de ‘Regression’, tema que abre ‘Metropolis Part 2: Scenes From a Memory’.

De imediato, salta à ideia que é sempre um pau de dois bicos tocar ao vivo, e na íntegra, um álbum conceptual sem fugir ao alinhamento original.

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Por melhor que ele seja, é difícil controlar os altos e baixos próprios do trabalho. Bastava ir vendo a forma como o público ia reagindo aos impulsos que saíam do palco.

Houve vários momentos em que os menos indefectíveis da banda se viram algo adormecidos, situação mais relevante ainda quando estamos perante composições com mais de nove minutos.

Felizmente, houve temas como ‘Through Her Eyes’ ou ‘Home’ que "abanaram" a letargia que, por vezes, se abateu sobre a sala.

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Na balada ‘The Spirit Carries On’, o Campo Pequeno encheu-se de centenas de luzes de telemóveis – as chamas dos isqueiros já passaram mesmo de moda –, a pedido de La Brie, para então o concerto fechar em grande estilo com ‘Finally Free’.

Antes de a noite terminar, houve ainda tempo para voltar ao trabalho mais recente com ‘At Wit’s End’ para só depois o quinteto agradecer em palco o calor dos fãs.

"Um concerto épico em Lisboa, este domingo à noite", escreveram os Dream theater na sua conta oficial do Instagram. "Muito obrigado a todos os nossos incríveis fãs que vieram apoiar-nos!".

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