Espectáculo animado no Campo Pequeno

Joaquim Bastinhas, menos exuberante do que o costume, naturalmente ainda a convalescer da colhida em Albufeira em que fracturou quatro costelas, não deixou de se empenhar e realizar duas boas actuações sem que tivesse falhado um único ferro e deixando sempre a ferragem bem colocada.

João Salgueiro, após falhar o primeiro, deixou dois compridos de boa nota. Esteve muito bem nos curtos embora aquele com que fechou a lide do seu primeiro tivesse sido um pouco 'pescado'. No segundo, um toiro pouco colaborante, prolongou demasiado a lide (por certo esqueceu-se de que a corrida estava a ser transmitida em directo) não tendo o director concedido música no decorrer da prolongada actuação.

João Telles Filho desenvolveu duas boas lides. No terceiro da ordem, com um ou outro ferro a cilhas passadas e dois excelentes ferros em sorte de violino a fechar a actuação, esteve em plano de destaque.

Desnecessários alguns números circenses que poderão ser muito aplaudidos, mas não acrescentam nada à verdade da lide. No ultimo da noite esteve em grande plano, em especial nos curtos, com boas preparações e colocação da ferragem. Nesta lide ainda passou por momentos de apuro quando a sua montada escorregou na cara do toiro, sendo o cavaleiro projectado, enquanto o toiro investia no cavalo caído na arena.

Os forcados tiveram de se aplicar, porque os toiros exigiam muito. Pelos do Aposento da Moita, foram à cara Nuno Inácio e Diogo Gomes, uma pega enorme de técnica, e José Henriques, a dobrar Nuno Carvalho - que se lesionou com gravidade e foi transportado para o Hospital de Santa Maria -, todos à primeira.

Pelo grupo de Portalegre, apoiado por grande claque, Francisco Paralta, Nelson Batista (uma rija pega, premiada como a melhor da noite) e Ricardo Almeida, os três também à primeira tentativa.

No inicio foi prestada homenagem póstuma ao empresário Manuel Gonçalves e o 'Galardão Prestígio 2011' foi entregue à família do falecido apoderado Mário Freire, uma figura da festa de toiros.