França ocupada faz rir
Paulo Sousa Costa leva a palco série sobre a 2.ª Guerra Mundial.
José Carlos Pereira entra em palco e pede a Suzana Borges que tire a roupa. Ela executa um lento striptease revelando, por baixo do uniforme militar, um sedutor body vermelho, decorado com rendas e cruzes suásticas. É uma das cenas mais aplaudidas pelo público do Teatro da Trindade, que tão bem reconhece nos populares atores as não menos populares personagens ‘Herr Flick’ e ‘Helga’, da série de televisão britânica ‘Allo Allo’.
O espetáculo, que acaba de estrear em Lisboa, tem outras estrelas que apetece aplaudir, a começar por João Didelet (que faz de ‘René’), Oceana Basílio (a líder da Resistência ‘Michele’) ou Melânia Gomes (a sexy ‘Yvette’). Mas é, antes de mais, a realização de um sonho do produtor Paulo Sousa Costa, que há muito queria levar a palco uma das suas séries preferidas, mesmo reconhecendo os riscos do empreendimento. "Se falhasse, falharia redondamente, porque as pessoas lembram-se bem da série e da qualidade que tinha", diz.
Por outro lado, há o fator apelativo: a curiosidade de ver, ao vivo e a cores, algo que se conhece do pequeno ecrã. O que Paulo Sousa Costa não diz é quanto pagou pelos direitos autorais desta obra. Admite, apenas, que foi "dos mais caros" da sua carreira de produtor. Até ao momento, o investimento tem compensado. "O público que tem vindo ao Trindade tem reagido tão bem à peça que me sinto realmente compensado de tanto esforço", conclui.
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