Futuro incerto na Buchholz depois da morte do director

A livraria Buchholz, em Lisboa, perdeu terça-feira o seu director-geral, José Leal Loureiro, que foi quem mais fez pela sua dinamização, o que faz temer pelo futuro daquele que já foi espaço de tertúlia privilegiado.

29 de dezembro de 2006 às 00:00
Futuro incerto na Buchholz depois da morte do director Foto: Maniel Moreira
Partilhar

Karen Sousa Ferreira, sócia maioritária da livraria, está tranquila quanto ao seu normal funcionamento nos tempos mais próximos mas teme pelo futuro. “Ele deu uma nova energia à casa e trouxe consigo um projecto de futuro. Agora, terá de ser tudo reavaliado”, disse, adiantando que o próximo passo será reunir com o advogado da livraria por forma a conhecer a fundo a sua real situação.

Há dois anos, recorde-se, a livraria Buchholz sobreviveu a graves dificuldades financeiras que despoletaram um movimento de solidariedade entre leitores anónimos e figuras públicas do qual resultou um equilíbrio instável. “A situação não está cem por cento resolvida mas melhorou muito”, lembra a proprietária.

Pub

Karl Buchholz, o fundador, deixou a Alemanha nos anos 40 depois de perder uma galeria de arte e uma livraria nos bombardeamentos de Berlim durante a II Guerra Mundial. Em Lisboa, a livraria Buchholz rapidamente se converter em tertúlia para o que muito contribuíram Noronha da Costa, Eduardo Nery ou Malangatana.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar