Futuro incerto na Buchholz depois da morte do director
A livraria Buchholz, em Lisboa, perdeu terça-feira o seu director-geral, José Leal Loureiro, que foi quem mais fez pela sua dinamização, o que faz temer pelo futuro daquele que já foi espaço de tertúlia privilegiado.
Karen Sousa Ferreira, sócia maioritária da livraria, está tranquila quanto ao seu normal funcionamento nos tempos mais próximos mas teme pelo futuro. “Ele deu uma nova energia à casa e trouxe consigo um projecto de futuro. Agora, terá de ser tudo reavaliado”, disse, adiantando que o próximo passo será reunir com o advogado da livraria por forma a conhecer a fundo a sua real situação.
Há dois anos, recorde-se, a livraria Buchholz sobreviveu a graves dificuldades financeiras que despoletaram um movimento de solidariedade entre leitores anónimos e figuras públicas do qual resultou um equilíbrio instável. “A situação não está cem por cento resolvida mas melhorou muito”, lembra a proprietária.
Karl Buchholz, o fundador, deixou a Alemanha nos anos 40 depois de perder uma galeria de arte e uma livraria nos bombardeamentos de Berlim durante a II Guerra Mundial. Em Lisboa, a livraria Buchholz rapidamente se converter em tertúlia para o que muito contribuíram Noronha da Costa, Eduardo Nery ou Malangatana.
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