Governo admite mais dinheiro para as artes
Ministro e secretário de Estado da Cultura reuniram com o primeiro-ministro.
O secretário de Estado da Cultura revelou esta terça-feira que o aumento já anunciado de dois milhões de euros para o programa de Apoio Sustentado 2018-2021 pode vir a crescer, mas não se alongou sobre a quantia ou sequer a proveniência do dinheiro.
No final de uma reunião com o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, e com o primeiro-ministro, António Costa, Miguel Honrado convocou uma conferência de imprensa no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. E saiu em defesa do programa, sob forte ataque por parte da classe artística, sobretudo depois de estruturas históricas terem ficado sem subsídio estatal.
O secretário de Estado da Cultura admitiu que algumas delas podem mesmo ficar sem apoio, mas excluiu da lista o TEP – Teatro Experimental do Porto e o TEC – Teatro Experimental de Cascais, ambos "elegíveis" para receber subsídio.
Ontem, cerca de 50 estruturas teatrais e 140 artistas pediram, em carta aberta, uma audiência "com caráter de urgência" a António Costa. Os subscritores consideram que "o sistema que este Governo impôs na Cultura falhou por completo e de forma transversal, fragilizando ainda mais o setor artístico".
Entretanto, várias autarquias – como Coimbra, Setúbal, Cascais e Évora – já saíram em defesa das companhias que perderam apoio, e Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, disse mesmo que era preciso "um novo concurso".
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