Hackman abandona o cinema
Vencedor de dois Óscares, o artista dedica-se agora à escrita.
O último filme em que participou foi a comédia Alce Daí, Senhor Presidente, em 2004. Uma despedida pouco nobre para Gene Hackman, vencedor de dois Óscares (entre cinco nomeações) e com quatro décadas de carreira marcadas por clássicos do grande ecrã como Os Incorruptíveis Contra a Droga (1971), Super Homem (1978), Mississípi em Chamas’ (1988) e ‘Imperdoável’ (1992).
A saída de cena do ator foi feita de uma forma muito discreta e, apesar dos vários apelos do ator e realizador Clint Eastwood, Gene Hackman não pondera regressar a Hollywood. Isolado na sua quinta em Santa Fé, Novo México, onde vive com a mulher, Betsy Arakawa, a antiga estrela do cinema, de 85 anos, dedica-se agora à escrita de romances históricos – já foram editados ‘Wake of the Perdido Star’ e ‘Justice for None’ – e à pintura.
"Cansei-me, e não sinto falta", diz o homem que gostaria de ser recordado apenas como "um ator decente". E acrescenta: "Sinto falta de estar em estúdio com outros atores. O resto é demasiado doloroso. Além disso, com a minha idade, só me dariam papéis de avô e bisavô... Não me parece muito divertido."
Desde que se ‘reformou’, Gene Hackman já foi assediado por vários realizadores para voltar ao grande ecrã. Um dos últimos convites partiu de Alexander Payne, que o queria em ‘Nebraska’ (2013). O filme recebeu cinco nomeações para os Óscares, incluindo o de melhor ator (Bruce Dern).
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