Jackson diz que é vítima de racismo

Domingo à noite, numa entrevista difundida por rádio e concedida ao reverendo Jesse Jackson – defensor dos direitos humanos – o cantor de ‘Thriller’ confessou que está a viver um verdadeiro filme de terror e voltou a alimentar a ideia de que está a ser vítima de uma enorme conspiração.

“Estou totalmente inocente. Nenhuma dessas histórias é verdadeira. Foi tudo totalmente inventado”, disse Jackson sem, no entanto, desmontar a tal teoria de conspiração que defende desde o início de todo o processo. Sem temores, o cantor deixou, contudo, bem claro que é apenas mais uma vítima de racismo como o foram Nelson Mandela, Muhammed Alí e Jack Jonhson.

Proibido que está de falar dos factos em julgamento, o artista, de 46 anos, recusou-se a nomear os autores da alegada conspiração, tendo virado o discurso para o lado mais sentimental. “Sou um combatente, mas sofro. Sou um ser humano. E porque sou um ser humano tudo isto faz-me muito, muito mal”, declarou, considerando este o ponto mais baixo da sua carreira. “Estou muito triste e muito magoado. Rezo muito. É a minha maneira de lidar com a questão e posso dizer que sou um resistente”, acrescentou.

MUITAS DORES

Visivelmente emocionado, Michael Jackson revelou que tem sofrido bastante de dores nas costas depois de ter dado uma queda na banheira, o que de resto o fez chegar atrasado a uma audiência no passado dia 10. “Caí ao sair do duche e fiz uma lesão num pulmão”, revelou.

No decorrer da entrevista, que também teve transmissão via internet, Jackson aproveitou para negar que esteja perto da falência. “Isso não faz sentido. É apenas mais uma das muitas intrigas para me colocar numa situação difícil”, explicou.

Entretanto, o juiz que preside ao julgamento aceitou ontem o pedido feito pela acusação no sentido de introduzir acusações contra o cantor, feitas anteriormente ao processo agora em curso. Para alguns, este poderá ser um dos momentos decisivos de todo o processo.