João Baião: luzes, som e ação imparável
'Baião d'Oxigénio' esgota Lisboa e anda em digressão nacional.
O público entra na sala e o palco está vazio, escuro, com os bailarinos a fazerem aquecimento. O quê? Esta pobreza? Calma. É propositado. É para que aquilo que se segue provoque ainda maior espanto no público. João Baião entra pela coxia, mete-se com os espectadores, agradece terem vindo “para as audições”, e daqui a nada está toda a gente de boca aberta perante a sequência de imagens, cores, músicas, bailados, figurinos e números cómicos cada um mais divertido do que o anterior. É assim ‘Baião d’Óxigénio’, o novo espetáculo de João Baião, que mal chegou a Lisboa esgotou logo. Mas vai voltar. Em janeiro (dias 22, 23 e 24, ao mesmo Teatro Tivoli). Até lá vai andar por Olhão, Barreiro, Portalegre, Samora Correia, etc. etc. e etc.. “Opúblico merece todo o nosso respeito e portanto continuarei a ir a todo o lado onde me quiserem ver”, diz o ator, que promete andar com este espetáculo na estrada até ao final de 2026. “Estou muito feliz com este trabalho, que tanto deve à equipa maravilhosa de que me rodeei, e que tem sido recebido tão bem em todo o lado onde fomos”, contou ao Correio da Manhã. Em palco, além do próprio Baião, a cúmplice do costume: Cristina Oliveira, que garante que “o que cansa, nas digressões, são só as viagens, porque depois, assim que se chega aos locais, é só alegria”. “Somos tão bem recebidos em todo o lado que sinto que é um privilégio poder fazer este trabalho”, confidencia.
ARevista à Portuguesa e o musical americano (como ‘Chorus Line’) passam pelo palco, mas também figuras nacionais (uma hilariante luta de palavras entre Rosinha e Quim Barreiros, por exemplo), mas ainda uma homenagem a Madonna e um surpreendente número com “Deus” são alguns dos momentos mais marcantes de um espetáculo que se oferece como um regalo para os olhos e os ouvidos. Numa terra perto de si.
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