Joaquín Cortés: “Aos 48 anos ainda me sinto em forma”
O bailarino de flamenco é uma das estrelas da edição deste ano do Festival Groove, que agora se estende da música às outras artes.
Tem 48 anos mas continua a ser um dos mais reconhecidos bailarinos de flamenco e coreógrafos do Mundo. O espanhol Joaquín Cortés regressa a Portugal no próximo verão para dar a conhecer o seu mais recente trabalho.
Correio da Manhã – O seu novo espetáculo chama-se ‘Essência’. É essência de quê?
Joaquín Cortés- De Joaquín. Da minha vida. Dos meus anos de experiência, como pessoa e como profissional. Nas minhas muitas viagens pelo Mundo, fui descobrindo novos países e culturas diferentes. É esse material de vida que uso para criar. Depois é só dar-lhe expressão através desse idioma universal que é o movimento.
- Como definiria a sua relação com o público português?
- É um público caloroso. Sou sempre muito bem acolhido em Portugal e não só pelas pessoas que vão aos espetáculos. Pessoas que me veem na rua sorriem, acenam, pedem para tirar fotografias. Sinto-me como se estivesse em casa.
- Portugal será o primeiro país estrangeiro a ver este espetáculo. Depois vai correr Mundo. Não é cansativo, andar com o trabalho às costas?
- Não porque adoro esta vida. Claro que não sei se, de hoje para amanhã, vou continuar a fazer isto. Aos 48 anos ainda me sinto em plena forma, e é isto que me apetece. Estar em cima do palco é a maior alegria. No dia em que eu disser ‘estou cansado’, acaba tudo.
- Quando é que pensa terminar a sua carreira?
- Não sei. Vou continuar a dançar enquanto sentir que subo a um palco e estou a cem por cento. Fisicamente.
- O que será Joaquín Cortés depois de deixar de dançar?
- Coreógrafo. Produtor, encenador. Não sei. Algo ligado com a dança, isso de certeza. Também colaboro com o cinema, a moda e a publicidade.
- Que faz quando não dança?
- Estou a conceber coisas novas na minha cabeça. A preparar novos espetáculos. A imaginar novas coreografias. Um criador está sempre em movimento.
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