Kate Hudson: “Usei a vulnerabilidade de ter dado à luz”

<p align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt">No filme ‘O Fundamentalista Relutante’, de Mira Nair, Kate Hudson vive o preconceito racial nascido do 11 de setembro por causa de uma relação que mantém com um paquistanês executivo de Wall Street. Entrevistámo-la em Veneza, já depois do nascimento de Binham, com Matt Bellamy, o vocalista da banda Muse.

23 de maio de 2013 às 21:16
Cultura, Cinema, 'O Fundamentalista Relutante', Kate Hudson, Mira Nair Foto: D.R.
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Correio da Manhã – Calculo que ser morena fazia parte da personagem deste filme... Por isso pintou o cabelo de negro?

Kate Hudson – Não fazia parte da personagem. No entanto, eu queria afastar a imagem do estereótipo da loira. A Mira [Nair] queria que a minha personagem fosse um pouco mais misteriosa e não tão óbvia. No entanto, acho que ‘blondes have more fun’ (as loiras divertem-se mais) ... (risos)

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- E que tipos de clichés sobre as loiras admite?

- Só os positivos, claro... Fui educada com por uma mãe que é uma força da natureza [Goldie Hawn]. E muito loira! E não a vejo como uma loira indefesa, pois ela é mesmo um portento de força.

- Como foi regressar ao trabalho pouco depois de dar à luz?

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- Muito difícil. Ainda bem, porque me sentia muito disponível do ponto de vista emocional. Só estava focada no meu bebé e na personagem. Isso ajudou-me. Ela sofre uma grande tragédia e vive com enorme tristeza. Por isso, usei aqui a minha vulnerabilidade.

- No filme recorda-se o trauma o dia 11 de setembro. Lembra-se de como viveu esse dia?

- Acho que todos partilhamos o mesmo sentimento. A forma como isso alterou as nossas vidas. Por viver em Nova Iorque, estava mais perto das pessoas que conheço. Mas infelizmente aprendemos a lidar com as tragédias. Foi um momento marcante da nossa geração.

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- Como avalia o tipo de discriminação fruto do atentado de 11 de setembro? Acha que já passou?

- Acho que existe em todo o lado. O importante é como lidamos com isso e que tipo de diálogo temos.

- Ter feito este filme não significa que deixe de fazer comédias românticas, certo?

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- Não, nem pensar. Adoro comédias românticas! E não vou parar. Mas queria fazer outras coisas.

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