La Méthode De Rose

A seguir ao curso na Universidade Lusófona, em Lisboa, a decorrer no dia 24 de Abril, o Mestre DeRose vai até Paris ministrar mais um curso: La Méthode De Rose, no dia 29 de Abril. O SwáSthya está em plena expansão neste país, principalmente na cidade da luz. Vão ser dias cheios para quem quiser participar: lançamento de um livro, cursos e a oportunidade de estar junto do codificador do método.

17 de abril de 2006 às 00:00
La Méthode De Rose Foto: d.r.
Partilhar

Os franceses estão a aderir muito bem e de forma entusiástica ao Yôga e ao método codificado pelo Mestre DeRose, que ministrou em Novembro de 2005 o seu primeiro curso em Paris. Prepara-se agora para regressar e explicar ele próprio aos alunos franceses o que é ‘La Méthode De Rose’, o que é o Método DeRose

A mecânica do Método DeRose

Pub

O método consiste em três etapas. A etapa inicial tem por objectivo preparar o praticante para suportar o impulso evolutivo que ocorrerá na etapa final. O resultado deste preparo é o reforço da estrutura biológica com um aumento sensível e imediato da vitalidade. A etapa medial pretende alcançar uma purificação mais intensa e energizar a sexualidade do praticante. Por fim, na etapa final, a proposta é despertar a kundaliní com o consequente desenvolvimento dos chakras, poderes paranormais e, finalmente, alcançar a meta que qualquer verdadeiro tipo de Yôga define: a eclosão da hiperconsciência, atingir o samádhi.

Ou seja, a etapa inicial visa proporcionar saúde e força suficientes para que o praticante aguente as prodigiosas alterações biológicas resultantes de uma evolução pessoal acelerada que ocorrerá na etapa final. A etapa final vai trabalhar para tornar o praticante uma pessoa fora da faixa da normalidade, acima dela. Se alguém está fora dessa faixa, para baixo, a fase inicial vai içá-lo até à normalidade plena, conferindo-lhe uma quota óptima de saúde e vitalidade. Para isso, há que adquirir estrutura.

A etapa inicial é composta por Bio-Ex: exercícios biológicos que servem de preparatório para o Yôga. São exercícios que assentam na reeducação da respiração, em técnicas corporais e técnicas de descontracção. Desenvolvem a flexibilidade, a vitalidade, o tónus muscular e a saúde como um todo. Não têm uma proposta complicada, sem qualquer filosofia ou compromisso. São técnicas biológicas sem cansaço, baseadas em movimentos conscientes, sem repetição. O aluno deverá manter-se entre um a três meses no Bio-Ex, passando depois para o Yôga.

Pub

O ashtánga sádhana é a segunda parte da etapa inicial e é uma das principais características do SwáSthya Yôga. Ashtánga sádhana significa prática em oito partes, existindo vários níveis deste programa óctuplo. O primeiro nível, para aqueles que já ingressaram no Yôga Antigo, é o ády ashtánga sádhana, que é constituído por oito partes, já faladas noutros artigos. Mesmo sendo, dentro do SwáSthya, uma prática para iniciantes, o ády ashtánga sádhana é a mais completa quando comparada com todos os tipos de Yôga existentes.

Mais dois degraus desta escada de desenvolvimento e autoconhecimento. O próximo é o bhúta shuddhi, uma etapa de purificação intensiva do corpo e dos seus canais de prána, de bioenergia. No ády ashtánga sádhana, mais propriamente no anga mantra e no anga kriyá, já foram dados os primeiros passos nesta tarefa. Agora, trata-se de especializar e aprofundar a purificação, não só com técnicas, mas também com uma rígida selecção alimentar, jejuns regulares moderados e com um sistema de reeducação das emoções para que o praticante não conspurque o seu corpo com os detritos tóxicos de emoções viscosas como o ódio, a inveja, o ciúme ou o medo. Também é regulada a quantidade de exercício físico, de trabalho, de sono, de sexo e de alimentos.

Uma vez obtido o desejado grau de purificação, chega-se à parte mais fascinante do currículo tântrico: a alquimia sexual. Nenhuma obra ensina estas técnicas, já que são gúpta vidyá – ciência secreta. Portanto, quem deseja iniciar-se nesta via deve procurar um Mestre autêntico que aceite transmitir pessoalmente esse conhecimento. Estas técnicas são o meio mais poderoso e eficiente para atiçar a serpente ígnea, a kundaliní. Segundo este processo tântrico, temos na região genital uma usina nuclear à nossa disposição. Podemos deixá-la adormecida fazendo como os monges de quase todas as religiões. Podemos simplesmente usá-la e desperdiçá-la sob o impulso cego do desejo, como fazem todos os bichos, incluindo o bicho homem. Ou podemos cultivá-la, usufruindo de um prazer muito maior e ainda canalizando essa força descomunal para onde quisermos, incluindo para o objectivo principal do Yôga.

Pub

O que começou a ser trabalhado no degrau anterior, é aqui energizado e maximizado até ao despertamento total de kundaliní. Kundaliní é uma energia física, de natureza neurológica e manifestação sexual. Significa serpentina, aquela que tem a forma de uma serpente. Enquanto está adormecida, é como se fosse uma chama congelada. É tão poderosa que no hinduísmo é considerada uma deusa, a Mãe Divina. Segundo Shivánanda, um grande Mestre hindu, “nenhum samádhi é possível sem kundaliní”.

Samádhi é o estado de hiperconsciência, de megalucidez, que proporciona o autoconhecimento, bem como o conhecimento do Universo. E é o último degrau de tão poderosa escada evolutiva. Os praticantes de outros tipos de Yôga consideram o samádhi algo inatingível, digno apenas dos grandes Mestres. Mas se a meta do Yôga é o samádhi, todos os que o praticam com dedicação, seriedade e disciplina devem atingir este estado de megalucidez. Não há aqui qualquer perigo ou misticismo. É apenas um estado de consciência.

Além destas três etapas e seis degraus, o Método DeRose possui alguns recursos que são considerados suplementares por não fazerem falta no processo de crescimento e evolução do praticante.

Pub

Para mais informações sobre o curso do Mestre DeRose em Paris, contacte a Fédération Française de SwáSthya Yôga: federation.fr@uni-yoga.org.br

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar