Leonor Teles: “O cinema português agrada porque é único”
‘Terra Franca’ é a primeira longa-metragem da realizadora e custou 96 mil euros.
É a primeira longa-metragem de Leonor Teles e, apesar de só esta quinta-feira estrear nas salas de cinema lusas, já recebeu uma dezena de prémios em vários festivais nacionais e internacionais.
‘Terra Franca’ acompanha o dia a dia de Albertino Lobo, um pescador que "vive entre a tranquilidade solitária do rio e as relações que o ligam à terra".
A realizadora, que já tinha dado nas vistas com a sua estreia na sétima arte (a curta-metragem ‘Balada de um Batráquio’, de 2016, foi distinguida com o Urso de Ouro no Festival de Berlim ), diz que há muito sonhava em passar esta história ao ecrã.
"Nasci e cresci em Vila Franca de Xira e sempre tive vontade de filmar junto ao Tejo", revela.
"Em 2010 andei de barco com o Albertino e em 2014 comecei a preparar o filme." Cinco anos e 96 mil euros depois, a obra está feita e os aplausos internacionais deixam a criadora "espantada" e "feliz".
"Acho que, além de ser o retrato de uma família tipicamente portuguesa, o filme tem um lado festivo, cómico, que cativa", acrescenta, concordando que o cinema luso vive um bom momento de aceitação internacional.
"O cinema português agrada lá fora não só por causa da sua qualidade, que tem vindo a crescer, mas também porque é único. Cada filme é um objeto particular, distinto de todos os outros."
Sobre o próximo projeto, Leonor Teles diz que é prematuro falar. "Preciso de viver, de conhecer coisas para voltar a criar", conclui.
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