Linda Martini testam novo ciclo musical
Quinto trabalho de originais recupera a urgência de uma banda definitivamente adulta.
"Este disco é mais um ponto de chegada do que de partida". Curto e direto, o baterista Hélio Morais caracteriza ao CM o álbum homónimo que os Linda Martini editam na sexta-feira. O grupo apresenta ao vivo o álbum na discoteca Lux, em Lisboa, esta quinta e sexta–feira, em dois concertos já esgotados desde o fim da semana passada.
Gravado na Catalunha, sob a direção do produtor Santi García, após duas residências artísticas em Amares e na Arrábida, ‘Linda Martini’ revela um grupo coeso e sem receio de arriscar novos desafios sonoros, no ano em que celebra o 15º aniversário.
"Sentimos uma urgência maior do que no último trabalho", avança o guitarrista Pedro Geraldes. "Contudo", acrescenta o também guitarra André Henriques, "por mais caótico que o nosso som possa parecer, nunca quisemos que ele fosse demasiado descontrolado".
A distorção das guitarras, bem apoiadas nas letras das canções, revelam uma juventude que o quarteto nunca perdeu. "São sobre problemas reais da vida adulta, em que uma pessoa vai crescendo e a família vai alargando", sublinha a baixista Cláudia Guerreiro.
A capa do álbum revela, por fim, a rapariga que inspirou o nome dos Linda Martini, depois de Pedro Geraldes lhe ter tirado uma fotografia. "A partir do momento em que aceitou que a foto fosse a capa do disco", explica Hélio Morais, "só fazia sentido que o álbum fosse homónimo".
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