Língua Mirandesa exige Carta das Línguas Minoritárias
Portugal é dos poucos países europeus que ainda não assinou documento.
A Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) reclama que Estado português assine da Carta Europeia das Línguas Minoritárias, já que se trata "dos poucos países" do continente que ainda não o fez.
A Carta Europeia das Línguas Minoritárias é um tratado adotado em 1992 pelo Conselho Europeu para promover e proteger as línguas regionais e minoritárias históricas.
"A assinatura da Carta Europeia é um processo diplomático pelo qual os estados se comprometem a dizer, preto no branco, aquilo que estão dispostos a fazer para a apoiar as línguas minoritárias existentes dentro do seu território", explicou à agência Lusa Amadeu Ferreira, o presidente da ALCM, uma estrutura sediada em Miranda do Douro, distrito de Bragança.
O também investigador e escritor da língua mirandesa refere que há passos importantes a dar, que ressaltam da Convenção Europeia da Linguais Minoritária, tais como reconhecimento oficial do mirandês no espaço europeu como língua minoritária.
O segundo passo é perceber o que o Estado está disposto a fazer no que respeita ao ensino do mirandês nas escolas, se esse ensino é obrigatório ou facultativo, e qual o apoio dado aos respetivos professores.
Outras das vantagens do reconhecimento é utilização do língua mirandesa como serviço publico através de difusão de pequenos tempos de antena na rádio e na televisão falados em mirandês.
"Face a estas medidas, há controlos periódicos por parte das entidades competentes, para saber se cada Estado está a cumprir com as obrigações enfrentes à subscrição da CELM", frisou.
O mirandês tornou-se na segunda língua oficial em Portugal, após a aprovação na Assembleia da Republica da Lei 7/ 99 de 29 de janeiro.
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