Morreu escritor cabo-verdiano Manuel Lopes
O escritor cabo-verdiano Manuel António dos Santos Lopes, considerado uma referência da cultura do seu país e o único sobrevivente do movimento literário “Claridade”, surgido no Mindelo, em 1936, como uma afirmação de emancipação cultural, social e política da sociedade cabo-verdiana, morreu hoje em Lisboa, aos 97 anos.
Segundo informação avançada por um seu familiar, o escritor, que foi homenageado em 2002 pelo Instituto Camões no âmbito do Projecto Pontes Lusófonas e que sofria já há alguns anos de problemas circulatórios, terá morrido de morte natural.
Manuel Lopes, nascido a 23 de Dezembro de 1907, no Mindelo, na ilha de São Vicente, estudou em Coimbra e viveu nos Açores durante vários anos antes de mudar-se para Lisboa, onde vivia há mais de 30 anos. Além de escritor, era também um pintor impressionista.
Entre as suas obras mais conhecidas, destacam-se: “Chuva Braba” (1956), o “Galo Cantou na Baía”, um livro de contos lançado em 1959, e “Flagelos do Vento Leste” (1968), adaptada para o Cinema pelo realizador António Faria em 1987.
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