Museu britânico expõe falsificações históricas
O National Gallery de Londres decidiu dar uma oportunidade às grandes falsificações que enganaram o Mundo.
O museu britânico preparou a 'Close Examination', uma exposição para 2012 que irá abordar cerca de 40 falsificações, que contam com erros de atribuição de obras a artistas, que apenas se verificaram anos mais tarde, após o recurso às novas tecnologias.
O departamento científico do National Gallery, fundado em 1934, é actualmente um dos mais desenvolvidos na análise de materiais e técnicas de pintura, permitindo um estudo aprofundado dos quadros, de forma a encontrar detalhes que desmintam ou corroborem a autoria das telas.
Os raios-x, os infravermelhos e a microscopia electrónica, juntamente com outras técnicas não evasivas, permitem que os técnicos obtenham informação sobre os pigmentos e materiais utilizados em cada obra, bem como a técnica utilizada pelo seu autor, tendo em conta o desgaste do tempo nas pinturas.
O museu propôs-se a submeter a uma a profunda análise toda a sua colecção de quadros, uma tarefa que demorou cerca de vinte anos, sendo os resultados publicados periodicamente.
A primeira sala da exposição, patente entre 30 de Junho e 12 de Setembro de 2012, será dedicada às falsificações e enganos, como o caso em que o próprio museu adquiriu em 1923 uma obra que acreditava datar do século XV (intitulada ‘Retrato de Grupo’), e mais tarde se revelou ter sido pintada com materiais disponíveis apenas no século XX.
‘Transformações e Modificações’ foi o nome escolhido para a segunda sala de exposição, que irá reunir obras que sofreram alterações ao longo da história, numa tentativa de as associar a determinadas eras, nomeado-lhe motivos ou personagens que não eram os originais. Entre estas encontra-se um retrato de Alexander Mornauer, de um pintor alemão do século XV, cuja identidade se desconhece, que tentaram atribuir a Holbein, numa tentativa de o valorizar.
A terceira sala foi nomeada ‘Erros de Atribuição’. Nesta são apresentadas, não as obras que sofreram mudanças para serem valorizadas, mas sim aquelas que se acreditava que pertenciam a determinado artista e as novas tecnologias verificaram mais tarde o erro.
Por fim, uma última sala será dedicada às notícias positivas do museu, como a descoberta de ‘La Madonna dei Garofani’, que se pensava ser uma cópia de Rafael e se verificou ser autêntica.
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