O discurso de abertura que deu que falar nos Óscares: da falta de mulheres ao único nomeado negro em 2020

Primeiros anfitriões da noite tocaram nas 'feridas' dos prémios da Academia.

10 de fevereiro de 2020 às 02:19
Steve Martin e Chris Rock Foto: Reuters
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O discurso de abertura encabeçado pelos atores Steve Martin e Chris Rock deu que falar na 92ª edição dos Óscares não só pelas críticas à falta de diversidade como também pela ironia e sarcasmo inerente ao mesmo. 

Martin e Rock tomaram o palco após o momento musical inicial de Janelle Monae e Billy Porter e denunciaram a falta de mulheres na categoria de Melhor Realização e também de nomeados negros, as duas falhas mais apontadas pelos críticos. 

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As piadas iniciais deram lugar à questão de Martin: "O que falta na categoria de Melhor Realização?". À qual, Steve responde: "Vaginas?". A resposta levou a aplausos por parte do público como reação. Da crítica pela falta de mulheres na categoria de Melhor Realização à questão racial, Martin e Rock elogiaram Cynthia Erivo - a única nomeada negra - pela sua interpretação como Harriet Tubmanl, uma escrava que escapou e, subsequentemente, resgatou cerca de 70 pessoas escravas, incluindo familiares e amigos, escondendo-os."Cynthia Erivo fez um trabalho tão bom a esconder pessoas negras em Harriet que a Academia a escolheu para esconder todos os nomeados negros!", atirou Chris Rock antes de gritar: "Eddie [Murphy], eu adorei-o em Dolemita!".

No seguimento da crítica, Martin assinalou que em 1929 não havia atores nomeados aos Óscares. Com sarcasmo, Rock responde: "Sim, e em 2020 temos um". 

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