Pauliteiros de Miranda são Património Cultural Imaterial

Objetivo final é levar as danças rituais mirandesas à apreciação da UNESCO.

08 de abril de 2025 às 01:30
Pauliteiros de Miranda são Património Cultural Imaterial Foto: DR
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As Danças Rituais dos Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro, uma das mais ancestrais tradições mirandesas, entraram ontem no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), segundo anunciou o Instituto Público Património Cultural. Mas o objetivo é ir mais longe e torná-las património mundial reconhecido pela UNESCO, conforme garantiu ao Correio da Manhã Helena Barril, presidente do município, entidade responsável pela apresentação da candidatura.

“Acordar hoje com esta notícia é uma grande felicidade e orgulho. Como se diz em mirandês: ‘Hoije stamos shenos de proa’. É o assentar da cultura e de uma marca identitária do nosso território”, confessou ao CM.

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São oito as festas em que as danças rituais mirandesas marcam presença, sendo as mais conhecidas a Festa dos Moços ou S. João Evangelista (Constantim). Os grupos de pauliteiros integram um gaiteiro, um tocador de caixa e um tocador de bombo. Na aldeia de Constantim junta-se-lhes um tamborileiro ou ‘tamboriteiro’, como é designado em Miranda. Para 2026, após as eleições autárquicas, ficará a candidatura à UNESCO. “É isso que queremos, sabendo que será um processo muito rigoroso e exigente, para o qual é preciso mobilizar influências. Mas temos tido apoio, inclusivamente a nível internacional, para avançar nesse sentido”, rematou Helena Barril.

PORMENORES

Origens

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Os romanos terão sido os responsáveis pela propagação da dança pírrica (com o uso de armas a simular uma batalha), nesta região.

Grupos

Quando a candidatura tomou forma, em 2021, existiam 12 grupos de pauliteiros em Miranda, mas o processo atraiu “gente nova”. São agora 20.

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Tradição

Reza a tradição que são os homens que bailam os ritmos de Miranda. A primeira formação feminina (Pauliteiras de Malhadas) surgiu há 20 anos.

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