Presa falsificadora de obras de arte
A Polícia Judiciária do Porto deteve quinta-feira, em Oeiras, Lisboa, uma mulher suspeita da prática reiterada de contrafacção e falsificação de obras de arte.
Durante vários anos, a detida terá conseguido forjar inúmeras pinturas de mestres consagrados, nomeadamente Júlio Pomar, Júlio Resende e Cargaleiro, que vendia por valores entre os cinco e os dez mil euros.
A mulher, de 52 anos e natural da cidade do Porto, foi detida em flagrante delito, no concelho lisboeta, onde residia e se dedicava há bastantes anos ao negócio paralelo de quadros de artistas de renome.
Ao que o Correio da Manhã apurou, a operação foi o resultado de uma investigação iniciada há um ano no Porto, quando vários investigadores realizaram uma grande apreensão de obras de arte contrafeitas naquela cidade.
A detida, que até àquela altura não apresentava registo criminal, dedicava-se à reprodução de obras de arte autênticas, de pinturas e desenhos de elevado valor comercial, originalmente firmados por afamados pintores.
Segundo soube o CM, durante as buscas à residência da suspeita em Lisboa, os inspectores da Polícia Judiciária encontraram diversos quadros forjados, os equipamentos artesanais utilizados nas falsificações, esboços de obras autênticas e materiais de suporte às mesmas, como papel, pincéis, tintas, lápis de pastel e marcadores.
REVENDEDORES LUCRAVAM
Para além de autora dos quadros, a suspeita era a primeira vendedora das pinturas, num ciclo de revenda no mercado paralelo, no qual, por ser o primeiro agente da venda, não era o elemento com maior lucro.
O maior proveito financeiro ficava para os consequentes vendedores, através da especulação paralela no mercado ilícito.
Presente a primeiro interrogatório judicial, no dia seguinte à sua detenção, a suspeita ficou a aguardar julgamento, sujeita a apresentações quinzenais no posto policial da sua área de residência.
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