Rúben Alves: "Amália levou Portugal ao mundo"
Rúben Alves lança a 17 de julho álbum de tributo a Amália.
Correio da Manhã – Acaba de produzir o disco ‘Amália: As Vozes do Fado’. Porquê este tributo?
Rúben Alves – Porque tenho uma paixão pela personagem que era a Amália Rodrigues e que alimentei ao longo da minha adolescência. Era a ligação que tinha com o país dos meus pais. O que me despertou mais curiosidade sobre a cultura portuguesa foi a voz da Amália.
O disco reúne grandes nomes do fado e conta com uma série de duetos, alguns deles imprevistos. Como fez a seleção?
Esse ecletismo...
O fado é mistura. Não se sabe de onde vem, mas é uma mistura de várias culturas. Portugal foi para o Brasil, para África... Se calhar essas músicas foram uma influência para o fado.
Daí os duetos improváveis?
Sempre respeitando o fado, mas o cruzamento de universos dá algo fresco.
A capa do disco tem uma história original...
Quando a Universal me perguntou se já tinha pensado na capa, veio-me logo à ideia convidar o Vhils [Alexandre Farto]. Porque estou a pegar no fado pelo lado urbano e fiz essa ligação. O fado era uma música urbana, de cantar o amor e chorar o destino. O Vhils acrescentou à ideia fazer [o rosto da Amália] em calçada portuguesa a subir uma parede, que transpira fado.
E segue-se um documentário...
Sim. Estou a produzir um documentário. Estou a ir ao encontro da nova geração do fado. O documentário é muito orgânico, urbano, é um passeio pela rua. Sobre tudo o que o fado trouxe ao artista e o artista levou para o fado. É um percurso de emoções, com fadistas e não só.
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