Santa Maria da Feira quer todos a ouvir música erudita
48.ª edição do FIMUV arranca na quarta-feira, dia 1 de outubro.
Arranca nesta quarta-feira, 1 de outubro – Dia Mundial da Música – a 48ª edição do FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão. Considerado “um dos mais antigos” e “prestigiados festivais de música erudita em Portugal”, o evento é “praticamente todo gratuito” e orgulha-se de “esgotar salas”, conforme explica ao CM o diretor artístico, Augusto Trindade. “Em quase meio século de existência, o nosso festival nunca sofreu interrupções – nem mesmo durante a pandemia – e conseguiu criar um público fiel, que nos segue sempre, e que tem vindo a crescer de ano para ano”, elucida, acrescentando que “o segredo do sucesso” passa “pela qualidade dos projetos apresentados”, pelo trabalho realizado com as escolas de música locais e pela aposta numa programação eclética, que não hesita em misturar aos sons eruditos sonoridades como o jazz ou a pop.
Nesta edição, o FIMUV tem 15 espetáculos para apresentar, em vários espaços de Santa Maria da Feira, e Augusto Trindade sublinha que “só três são a pagar (ainda assim com bilhetes a preços simbólicos)”. Entre os destaques do programa, o responsável chama a atenção para a apresentação da ópera ‘La Traviata’, de Verdi, pela Orquestra Filarmónica Portuguesa (no dia 4 de outubro, no auditório da Europarque), “um espetáculo que esgotou em Lisboa e vai esgotar aqui em Santa Maria da Feira”; e para a vinda a Portugal do russo Arsenii Moon, um virtuoso do piano cujo recital acontece no dia 11, na Academia de Passos de Brandão.
Outros destaques incluem a dupla Igudesman & Joo – que mistura a música e o humor (no Cineteatro António Lamoso, a 17 de outubro); as Balanas Sisters, que vêm da Letónia e parecem manequins até vermos a paixão com que atacam o violino e o violoncelo (na Igreja da Misericórdia de Santa Maria da Feira, no dia 19) e o João Barradas Trio, do português que é considerado um dos mais importantes acordeonistas mundiais da atualidade (Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, a 24 de outubro).
“A programação não deixa ninguém de fora”, nota Augusto Trindade, que montou este festival com um orçamento de 150 mil euros (provenientes da autarquia e do Ministério da Cultura) e que espera mais público do que no ano passado, quando recebeu 5500 pessoas nos concertos. “A nossa ideia é sempre superar o que fizemos no passado, e acreditamos poder fazê-lo neste ano, não só com o público local mas também com gente de Lisboa e do Porto e com estrangeiros que programam as suas férias em Portugal para vir ao nosso festival”, conclui.
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