Sean Penn surpreende com estrela rock gótica
Com a competição prestes a chegar ao final no Festival de Cannes, os filmes protagonizados por Sean Penn e Ryan Gossling dominaram a sexta-feira, confirmando que são dois dos melhores actores das respectivas gerações. Apesar de cada um possuir um estilo muito particular, tanto ‘Drive’ como ‘This Must Be the Place’ mostram bons momentos de cinema e ambos estão já comprados para o mercado português.
‘This Must be the Place' marca um percurso visionário do italiano Paolo Sorrentino, que se estreia na primeiro filme em língua inglesa.
E Sean Penn é candidato ao prémio de melhor representação masculina do festival no papel de 'Cheyenne', uma estrela rock gótica maneirista e fora de moda que vive dos ‘royalties' das suas músicas.
Ao tentar cumprir a obsessão do pai que acabara de falecer, viaja da Irlanda para os EUA para vingar o progenitor e encontrar um criminoso nazi, numa viagem visualmente intensa e inspirada num tema de David Byrne, dos Talking Head, com direito a uma curta participação no filme.
Ryan Gosling fora da lei
Entretanto, Ryan Gosling já havia provocado aplausos no papel muito ‘cool' de um ‘stunt driver', habituado a executar manobras perigosas com carros em filmes, mas com alguns trabalhinhos fora da lei em part-time.
Ao conhecer Irene (Carey Mulligan) e o filho acredita na possibilidade de uma vida mais pacata. Mas tudo terá o seu preço. Depois de criar um certo culto com um cinema forte e violento (‘Pusher', de 1996, ‘Bronson', 2008, e ‘Valhalla Rising', 2009), o realizador dinamarquês Nicolas Winding Refn foi seduzido pela possibilidade de filmar nos EUA.
Além de fazer lembrar o estilo de Tarantino, Refn acrescenta uma certa frieza europeia que fica muito bem. No entanto, o filme não seria nada sem o olhar glacial de Ryan Gosling.
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