Siza Vieira: Prémio da Trienal de Lisboa "é uma grande honra"
O arquitecto Álvaro Siza Vieira considerou, este sábado, "uma grande honra e generosidade" ter sido distinguido com o Prémio Trienal Millennium BCP pelo contributo para a cultura arquitectónica nas últimas décadas.
"É um prémio muito especial, mas fica sempre a dúvida se a idade não teve influência na atribuição", brincou o arquitecto de 77 anos, nascido em Matosinhos.
O prémio máximo da Trienal de Arquitectura de Lisboa visa distinguir um arquitecto, português ou estrangeiro, que se tenha "destacado, de forma consistente, pela importância da sua obra no contexto internacional e pelo contributo que esta representa para a cultura arquitectónica das últimas décadas".
Detentor de largos prémios, Siza Vieira disse, em declarações à agência Lusa, que actualmente já não se sente "nada isolado" neste aspecto.
“Há bastantes anos que tenho tido oportunidades fora. A princípio era uma coisa pouco frequente, mas hoje, felizmente, tornou-se cada vez mais frequente, como sinal também de um tempo em que as comunicações são bem mais intensas entre países e continentes".
Sobre a evolução da arquitectura nos últimos 50 anos, considera que o objectivo essencial é o mesmo: "O planeamento, a cidade, a arquitectura".
No entanto, o exercício da profissão "mudou bastante, para bem e para mal", avaliou.
"Há hoje muito mais oportunidades de trabalho dentro e fora do país, mas estamos numa situação de crise, e, portanto, era bom que não fosse um período longo porque há limitações ao acesso ao trabalho", alertou.
O Prémio Trienal Millennium BCP consiste numa escultura criada por um artista plástico. Este ano foi desenhada por Rui Chafes, e intitula-se ‘Nós Somos as Casas’, inspirada no tema geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa, ‘Falemos de Casas/Let's Thalk About Houses’.
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