Teatro: Uma história de cobiça que acaba mal

Companhia da Esquina está a apresentar na Comuna um espetáculo inspirado em John Steinbeck.

13 de abril de 2025 às 21:41
Ana Lúcia Palminha e Carla Chambel em 'A Pérola' Foto: Direitos reservados
Pedro Pernas em 'A Pérola' Foto: Direitos reservados
Rui Luís Brás em 'A Pérola' Foto: Direitos reservados
Paula Neves em 'A Pérola' Foto: Direitos reservados

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Kino, um pobre pescador de pérolas encontra uma pérola magnífica, de um tamanho e de uma beleza raros. Mas aquilo que poderia ser o passaporte para uma vida melhor, para ele e para a família, rapidamente se transforma num pesadelo que acabará de forma trágica. É assim 'A Pérola', que o escritor norte-americano John Steinbeck publicou em 1947 e que o encenador Jorge Gomes Ribeiro leva agora à cena, no palco do Teatro da Comuna, até dia 19 de abril. 

A adaptação, assinada pelo próprio, "já tem alguns anos", porque este era "um projeto antigo". "Queria muito levar à cena este texto do Steinbeck, que é tão passional, tão forte e, infelizmente, tão atual", conta ao CM. "Aquilo que o Steinbeck conta nesta novela ainda hoje se passa na Costa do Marfim e no Haiti, onde os pescadores ganham salários miseráveis e não são donos daquilo que eles próprio pescam", aponta.

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No palco, o encenador conseguiu reunir um elenco de "primeira linha". Ana Lúcia Palminha, Carla Chambel, Paula Neves, Pedro Martinho, Pedro Pernas, Rita Fernandes, Rui Luís Brás e Tiago Costa contam-nos a história deste pescador que acaba por ser vítima da sua própria cobiça e que não encontrará outra solução senão a de se livrar do seu tesouro, para salvar a sua alma.

"É sempre difícil fazer espetáculos desta envergadura, com tantos atores, e tão bons. Estamos a falar de pessoas que fazem novela, que têm agendas muito preenchidas", lembra o encenador. "Felizmente, ao longo de 22 anos de trabalho, a Companhia da Esquina conseguiu ir fazendo amigos, mais do que colegas", garante.

Depois da sua apresentação na Comuna, 'A Pérola' parte em digressão. Para já, tem agendadas apresentações no Teatroesfera, em Monte Abraão, depois Alentejo, depois Bragança. "Vamos andar por aí, como temos feito com outras produções", garante Jorge Gomes Ribeiro.

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