Thriller português premiado nos EUA chega às salas

A ideia para este filme, teve-a Luís Diogo quando Amy Winehouse morreu, em 2011. A cantora britânica passou a integrar o clube dos artistas mortos aos 27 anos – juntando-se a Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Janis Joplin ou Jim Morrison. “Perguntei-me a mim próprio: e se não fosse um acaso? E se houvesse uma conspiração para matar grandes estrelas, ainda jovens, no auge da popularidade?”, recorda ao CM.

Assim nasceu o thriller ‘Criadores de Ídolos’, que chegou a ser pensado como série de televisão, mas que estreia esta quinta-feira nas salas como longa-metragem. Rodado com apenas 100 mil euros, o argumentista e realizador diz sonhar com uma trilogia (até já tem o argumento para o segundo filme escrito), mas neste momento “está tudo em aberto”.

“Não sei se vou conseguir fazer mais do que este trabalho – tudo depende do financiamento que conseguir, ou não”, admite. Estreado no âmbito do Fantasporto e já com prémios internacionais no currículo (ganhou, entre outros, o prémio de Melhor Longa-Metragem no Cobb International Film Festival, nos EUA), ‘Criadores de Ídolos’ é protagonizado por atores com pouca exposição mediática – Rafaela Sá, Diogo Lima e Diogo Tomaz –, mas com elenco secundário de peso, incluindo Virgílio Castelo, Ricardo Carriço, José Fidalgo e Oceana Basílio. “Quis assim”, assente o criador.

“Não queria que os espectadores estivessem a olhar para os atores, mas sim para as personagens”, conta Luís Diogo, que coloca as suas criaturas – sobretudo a protagonista – perante uma sucessão de dilemas morais que dão que pensar. Será que uma mulher pode fazer o mesmo que um homem? E se para isso tiver de se corromper moralmente? Sofia (Rafaela Sá) responde.