Tim assinala 50 anos de carreira e já aponta aos 100: "Parece que vai tudo começar"
Músico dá dois concertos no Teatro S.Luiz, em Lisboa, esta sexta, 19 e no domingo, 21.
Tim, o eterno vocalista e baixista dos Xutos & Pontapés, sobe esta sexta-feira, 19 de Setembro, ao palco do Teatro S.Luiz, em Lisboa, para o primeiro de dois espetáculos de celebração dos 50 anos de carreira, sugestivamente intitulado 'O Homem do Leme'. O segundo concerto acontece no domingo. "São dois espetáculos únicos que vão contar com vários convidados e onde vou tocar não só músicas do meu repertório, mas também outras que marcaram o meu percurso". Entre elas, a título de exemplo, estão 'Circo de Feras' dos Xutos & Pontapés, mas também 'A Noite' dos Sitiados ou 'Por quem Não Esqueci, dos Sétima Legião.
No primeiro concerto, sexta-feira, o músico conta, como convidados, com Mariza, Pedro Jóia, Teresa Salgueiro e Xutos & Pontapés. Já no dia 21, o concerto arranca com Resistência, seguindo-se Tais Quais, Jorge Palma, Vitorino e João Gil. "Eu queria ter toda a gente com quem já toquei, isso é impossível, mas está quase lá", diz, entre risos, alertando para o facto destes serem concertos irrepetíveis. "São concertos únicos que surgiram com a ajuda do Teatro S.Luiz, mas é impossível repeti-los, porque envolvem muita gente. Vão ficar gravados com certeza e quem sabe não poderão voltar a fazer-se lá para os cem anos de carreira", diz, entre risos.
"O que eu quero fazer é mais uma festa-concerto, do que um simples concerto musical. Quero que todos possamos aproveitar e divertirmo-nos juntos". Tim revela que também "vai haver espaço para conversa e algumas histórias", mas assegura que não será uma reedição do 'Canta-me Histórias', espetáculo com o qual andou a correr todo o país.
De referir ainda que no primeiro concerto de sexta-feira, Tim contará, em palco, com a sua banda a solo, da qual fazem parte os dois filhos, Sebastião (bateria e voz) e Vicente (keyboards e voz). "Tocar com os meus filhos, ainda por cima em duas datas como estas, obviamente que é especial", diz Tim, reconhecendo: "Eles cresceram neste meio e já tinham as portas abertas. Já sabiam como é que as coisas aconteciam e como se faziam. Hoje são o meu braço direito".
Sobre os 50 anos de carreira que abraçou com um quase sentido de missão, e depois dos vários projetos por onde passou, Tim garante ter as memórias ainda bem vivas ("Lembro-me como tudo começou, das coisas que vivi e até de algumas que preferia nem me lembrar") e não hesita nem um pouco quando o assunto é olhar para o seu momento atual. "Parece que vai tudo começar". Ainda assim, reconhece: "Não tenho a mesma pica, porque sou um Tim com 65 anos, 50 de espectáulos e mais de mil concertos, mas ainda tenho o mesmo gozo. Claro que andar para baixo e para cima, em viagens e quartos de hotel às vezes chateia um bocado, mas tudo isto faz parte desta vida e tudo passa quando se entra em cena. O público tem tido muita paciência e a estima por mim".
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