“Um orgulho e um voto de confiança imenso”: Luís Tinoco é o vencedor do Prémio Pessoa 2024

Começou a estudar piano com a avó paterna influenciado pelo instrumento que havia lá por casa, formou-se na Escola Superior de Música de Lisboa com 19 valores, fez mestrado e doutoramento na Royal Academy of Music e Universidade de York, já teve as suas composições interpretadas pelas principais orquestras portuguesas e chegou a ser compositor residente no Teatro Nacional de São Carlos.

Luís Tinoco é, aos 55 anos, o vencedor do Prémio Pessoa 2024, uma iniciativa do jornal ‘Expresso’ e da Caixa Geral de Depósitos. “É um voto de confiança imenso, um orgulho a título pessoal, mas também uma alegria pelo facto de ser um prémio que coloca a música outra vez na galeria do Prémio Pessoa, do qual esteve ausente durante bastante tempo”, começa por dizer Luís Tinoco, em declarações ao CM.

“Tem um sabor especial ver o meu nome juntar-se a uma lista de pessoas que muito admiro e que venceram as edições anteriores”, diz o compositor, que agora dedica o prémio à generalidade dos músicos. “Nas coisas boas que vão acontecendo em termos musicais na minha vida, a figura da minha avó vem-me sempre à cabeça, mas hoje a dedicatória tem de ser mais abrangente e chegar a todo o meio musical, porque o trabalho de um compositor depende sempre dos performers. Tenho sido um felizardo porque tenho trabalhado com músicos de alto gabarito”.

Nem a propósito, Luís Tinoco estreia esta sexta-feira uma peça inédita, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, pelas mãos de Mário Laginha e Pedro Burmester, estando ainda a finalizar uma peça para voz e ensemble de câmara para estrear em Seatle, nos EUA, no próximo ano. Em janeiro inicia um novo projeto com o coreógrafo Paulo Ribeiro, “uma música para um bailado para estrear em dezembro de 2025 no festival de Cannes”, revela.