Vanessa comove na pele de Judy Garland
Nunca fui uma criança. Nunca fui uma pessoa. Fui sempre uma maneira de alguém ganhar dinheiro", diz Judy Garland, isto é, Vanessa, a meio de ‘O Fim do Arco-Íris’, que Filipe La Féria estreia amanhã no Teatro Politeama, em Lisboa, às 21h30.
A peça, do britânico Peter Quilter, acompanha a recta final da carreira de uma mulher que pagou o estrelato com a felicidade pessoal e que chegou ao fim, aos 47 anos, envelhecida e consumida pelas drogas e pelo álcool.
La Féria diz que se apaixonou pela peça assim que a viu nos palcos londrinos e que pensou imediatamente em Vanessa para o papel. "É uma grande cantora e encontrei nela as condições necessárias - e a maturidade suficiente - para dar corpo a uma mulher que passou por tanta coisa, que viveu e sofreu tanto como Judy Garland", diz.
Em cena, a cantora que o grande público reconhece por ter participado no programa ‘Academia de Estrelas', da TVI (onde alcançou o 3º lugar), tem oportunidade de revelar versatilidade ao lado de Carlos Quintas e Hugo Rendas. Em duas horas, ri, chora, grita, desespera, pede drogas e álcool. Mas é sobretudo quando canta as canções de Judy Garland que nos conquista.
O espectáculo, que se vê como um filme (está em curso a adaptação ao cinema), satisfaz ainda o tipo de curiosidade que alimentamos face aos ídolos. "Judy Garland é, como a maioria dos artistas, uma condenada da sensibilidade. O público vai gostar de conhecer o outro lado do brilho", conclui Filipe La Féria. n
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt