Vem aí a 42ª edição do Festival de Almada
Lia Gama é a figura homenageada este ano.
A atriz Lia Gama é a figura homenageada na 42ª edição do Festival de Almada, que tem lugar em vários espaços daquela cidade entre 4 e 18 de julho, mas que continua a estender-se a Lisboa, desta feita ao Centro Cultural de Belém e à Culturgest. Com um orçamento de 598 mil euros, atribuídos pela Direção-Geral das Artes, o diretor do evento organizado pela Companhia de Teatro de Almada (CTA) espera que, “como sempre”, o festival esgote todas as 46 sessões agendadas – entre espetáculos de teatro e de dança –, bem como os 16 concertos ao ar livre programados.
“Não podemos vender mais assinaturas do que aquelas cujos lugares podemos assegurar”, afirma Rodrigo Francisco ao CM. “São 500, as assinaturas que disponibilizamos todos os anos, e neste momento, a duas semanas do arranque, já estão vendidas 300”, sublinha.
Entre os espetáculos a apresentar, destaque para uma estreia: a CTA tem para mostrar ‘Um Adeus Mais-que-Perfeito’, obra em que o austríaco Peter Handke lembra a mãe, que se suicidou aos 51 anos. “Li o texto há quatro anos e falou-me ao coração”, admite Teresa Gafeira, que assina a encenação. “Esta é a história de uma pessoa que não se ajusta à realidade e que decide terminar. Acredito que, tal como eu, os espectadores também se vão sentir tocados pela peça”, remata.
Do programa há ainda a destacar o regresso de companhias de prestígio internacional, como sejam a Schaubühne Berlin, da Alemanha, ou o grupo Els Joglars, de Espanha, este última com uma proposta que evoca a vida e as atribulações do rei emérito espanhol, Juan Carlos. Mas há ainda a apresentação de espetáculos que foram êxitos nos palcos nacionais. Casos de ‘Telhados de Vidro’, que junta Benedita Pereira e Diogo Infante; ‘A Colónia’, de Marco Martins; ou o surpreendente ‘Monóculo, Retrato de S. Von Harden’, assinado por Rui Neto e interpretado por Cristóvão Campos.
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