Volbeat em estado de graça no Coliseu de Lisboa
Quarteto dinamarquês foi cabeça de cartaz numa noite intensa dedicada ao ‘rock n’ roll’.
Pura diversão à volta de uma "fogueira" chamada rock n’roll. Não há melhor descrição para o furacão sonoro que passou esta quinta-feira à noite pelo Coliseu dos Recreios.
A animar a populaça na sala lisboeta estavam uns ferozes Volbeat como cabeças de cartaz, bem apoiados por uns ótimos Baroness e uns Danko Jones que souberam a pouco.
Com as 19h30 cravadas no relógio, o trio canadiano liderado por Danko Jones entrou no palco a toda a brida com o seu rock bem característico.
O caso não era para menos já que o grupo tinha apenas 30 minutos para debitar sete canções e trocar algumas palavras com os fãs.
Com o novo disco ‘A Rock Supreme’ justificar a atuação, houve apenas tempo para apreciar ‘Burn in Hell’ e ‘Fists Up High’ desse registo, entre outros cinco "clássicos" escolhidos a dedo.
Estavam ainda os retardatários a entrarem na sala, a amaldiçoarem uma hora tão "madrugadora" para um concerto em dia de semana e já tudo tinha acabado, sem antes Danko Jones elogiar o calor humano do público.
Não era o nome principal da noite no Coliseu dos Recreios, mas tocou como se o fosse para um recinto que já estava bem cheio.
Os Baroness de John Baizley, único membro original da banda, tinham o novo disco ‘Gold & Grey’ para tocarem e nem foi preciso rebuscarem muito no fundo do baú para animarem a audiência.
Cinco canções desse trabalho, a que se somaram mais quatro do antecessor ‘Purple’, chegaram para levarem os fãs para paisagens sonoras pouco habituais no rock mais pesado.
Arranjos perfeitos, guitarras planantes e o vozeirão de Baizley a puxar pelo público com temas como ‘Kerosene’, ‘Borderlines’, ‘Tourniquet’ ou ‘If I Have to Wake Up (Would You Stop the Rain?)’ debitadas em pouco mais de uma hora de espetáculo.
"Restavam" os Volbeat para fecharem a noite, e a missão não era nada fácil face à pujança que os Danko Jones e os Baroness imprimiram às suas atuações.
Também com disco novo para apresentar – o aplaudido ‘Rewind, Replay, Rebound’ – as dúvidas ficaram logo arredadas para um canto da sala já repleta.
O quarteto dinamarquês era a figura principal e logo de entrada mostraram ao que vinham. ‘Pelvis on Fire’ deu logo o mote para um concerto demolidor, logo seguido por um inenarrável ‘Lola Montez’.
Vozes bem afinadas em cima do palco e na plateia, com os mais insurrectos a acompanharem a viva voz as letras das canções.
E, embora não fosse propriamente uma surpresa, todos agradeceram a entrada em cena de Danko Jones para acompanhar o vocalista Michael Poulsen em ‘Black Rose’.
Homenagens a Motörhead e Metallica também fizeram parte do espectáculo ou não fossem eles dois dos principais influenciadores do som dos Volbeat, que eles próprios nunca negaram.
Para o ‘encore’ ficaram ‘hinos’ como ‘The Devil’s Bleeding Crown’ e ‘Pool of Booze, Booze, Booza’, intercalados por ‘Leviathan’, e com ‘Still Counting’ a brilhar num ambiente de loucos.
À saída, eram poucos ou nenhuns aqueles que tinham dado por mal empregados os 28 euros exigidos à entrada. Há concertos horríveis com bilhetes bem mais caros!
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