A Voz do Operário, em Lisboa, encheu-se esta quarta-feira de amigos e admiradores de José Mário Branco, o cantautor português que morreu na terça-feira, aos 77 anos, vítima de doença súbita.
Da política às artes, várias foram as figuras públicas que se deslocaram àquele espaço para homenagear um artista que se notabilizou na canção de intervenção e que para sempre ficará associado à renovação da música nacional nos anos 60 e após o 25 de Abril. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi presença notada, bem como o ex-líder do BE Francisco Louçã.
Marcelo lembrou que tentou várias vezes condecorar José Mário Branco, mas que este, zeloso da sua independência, sempre se recusou a aceitar. "A família, coerentemente, achará que não fará sentido condecorar postumamente", afirmou esta quarta-feira.
Entre os artistas presentes, estiveram os músicos Camané e Mário Laginha, o ator Carlos Paulo e o encenador João Mota, que trabalharam com José Mário Branco na Comuna. O funeral do cantor parte hoje às 17h30 da Voz do Operário para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.