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Antes morrer do que perder a liberdade

Atores Bárbara Branco e José Condessa protagonizam a história de amor.

03 de maio de 2019 às 01:30

A ligação de João Mota com ‘Romeu e Julieta’, de William Shakespeare, é antiga. Em 1961, quando estava no elenco do Teatro Nacional D. Maria II, podia ter feito de Romeu, não fosse o caso da sua irmã ser a Julieta...

"Houve um concurso, porque sendo irmão da Teresa, antes do 25 de Abril era impensável fazer de Romeu", recorda o encenador, que agora está a apresentar, no Teatro da Trindade, em Lisboa, a sua versão deste clássico do século XVI.

Na peça que Shakespeare escreveu, Julieta tem 13 anos e o seu amado algures entre os 18 e os 23. As famílias odeiam-se, há lutas e mortes a lamentar, há ordem de exílio, mas o amor resiste a tudo e os jovens acabarão juntos.

"Romeu e Julieta morrem pela liberdade", sublinha João Mota. "Eles ultrapassam todos os obstáculos e preferem morrer – e ser livres – do que ter de viver uma vida de mentira."

O texto original foi cortado cirurgicamente: as cenas de luta, as tiradas morais mas, sobretudo, "a cena da morte, que era demasiado longa". Para protagonistas foram escolhidos Bárbara Branco e José Condessa.

"Ela tem 19 anos, ele 21. Apesar de muito jovens, têm experiência e, no caso da Bárbara, já tinha trabalhado com ela... São os dois fantásticos e esta peça precisa mesmo de bons atores", conclui o encenador.

No elenco, estão ainda Carlos Paulo, Guilherme Filipe, Hugo Franco, Manuela Couto e Gonçalo Botelho, entre outros. Uma peça para ver até 9 de junho, com bilhetes entre os 8 e os 14 euros.

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