António Chainho e Marta Dias actuam esta noite no Teatro Rivoli, no Porto. O pretexto é mostrar o álbum “Ao Vivo no CCB”
Correio da Manhã – Este álbum gravado ao vivo no CCB foi o culminar da longa parceria entre Marta Dias e António Chainho. Recuando alguns anos, como surgiram as afinidades entre ambos?
António Chainho – Conhecemo-nos em 1996, no concerto de comemoração dos meus 30 anos de carreira. Depois gravei com a Marta o tema “Fadinho Simples” para o álbum “A Guitarra e Outras Mulheres”, que foi um sucesso. Fizémos vários espectáculos juntos, por esse Mundo fora, e foram surgindo muitas ideias. Adoro a voz da Marta e gosto de “espicaçar” a capacidade de improviso dela. Ela tem uma força incrível. No fundo, este disco e este espectáculo surgiram como uma forma de homenageá-la e também continuar o meu trabalho de divulgação da guitarra portuguesa.
Marta Dias – É muito engraçado improvisar com o mestre Chainho. Existe uma dinâmica muito grande entre nós, que transparece para o público. Ao longo destes anos, sempre foi uma grande honra trabalhar e aprender com ele. Tínhamos planeado fazer um disco juntos e, entretanto, a editora teve a ideia de fazer um espectáculo e gravar um registo ao vivo.
A.C. – Antes do espectáculo, estive dois meses a ensaiar com o Edu Miranda e o Tuniko Goulart. Este disco não tem qualquer tipo de arranjo de estúdio.
– Como aconteceu o encontro entre o Fado e as raízes negras de Marta Dias, cujas influências são muito diferentes... do jazz, à soul, passando pelo hip hop?
A.C. – Naturalmente, com o trabalho que desenvolvemos juntos. A primeira vez que toquei um fado e ouvi a voz dela a improvisá-lo... foi mágico. A música é universal.
– Cruzar a guitarra portuguesa com outros estilos facilita a divulgação do instrumento?
A.C. – A guitarra portuguesa é desconhecida pelas gerações mais jovens, mas aqueles que têm a oportunidade de conhecer este belo instrumento adoram-no. E este tipo de trabalhos permitem chegar a esse público jovem.
– Como foi escrever as letras para algumas das músicas compostas pelo mestre Chaínho?
M.D. – Desde o início, a ideia era eu a escrever algumas das letras para o mestre Chainho. A primeira foi para o tema “Fadinho Simples”, mas depois atrevi-me a ir escrevendo outros fados.
Rão Kyao e Fernando Alvim também participaram no disco. Como surgiram estas colaborações?
– Fernando Alvim é uma figura incontornável do fado, com quem trabalhei muitas vezes. Tem um talento enorme. Convidei o Rão Kyao, outro velho amigo, para tocar flauta no tema “Voando Sobre o Alentejo”... dá-lhe uma dimensão especial.
Marta Dias e António Chainho conheceram-se em 1996 e desde logo perceberam que era impossível “travar” a “paixão” entre a canção nacional e a música negra. O primeiro “fruto” deste amor foi o tema “Fadinho Simples”, integrado no álbum “Guitarra e Outras Mulheres”. Desde então, a presença de Marta Dias ao lado de Chainho tornou-se indiscutível, ao revelar-se a parceira ideal para o mistério e o virtuosismo da guitarra do mestre.
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