A literatura afastou-se do povo. O que interessa é uma boa história que passe uma boa mensagem.” Palavras do escritor Paulo Coelho que reuniu a Imprensa num jantar volante no Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa, onde não houve entrevistas mas uma breve troca de ideias a propósito e a pretexto de mais um livro, ‘A Bruxa de Portobello’ (ed. Pergaminho).
Com lançamento simultâneo em Portugal e Espanha, o novo livro (o 16.º) chega hoje às livrarias e ainda faz o escritor dizer que escrever “é um prazer e uma dor mas, sobretudo, uma grande emoção”.
Paulo Coelho é o escritor de língua portuguesa que mais vende no Mundo e um dos quatro gurus da actualidade mas está sereno... “Os meus leitores não me tomam pelo profeta que não sou mas pelo companheiro de caminho com quem se identificam”, respondeu quando confrontado com o discurso profético. Mantém que, de autobiográfico, os livros só têm “o percurso das personagens baseado em experiências que foram minhas” e ‘A Bruxa de Portobello’ não é excepção.
Nele se ensaia nova estrutura de romance (o testemunho documental) para falar da urgência de “valorizar o nosso lado feminino (a emoção) sobre o masculino (a razão)”. Chama-lhe o culto da ‘Grande Mãe’ e daí a capa: mamilo tocado por mão de criança que, proibida nos EUA (onde vigora a censura do mamilo), adiou a edição para 2007.
Homem de trato fácil mas esquivo, Paulo Coelho falou pouco mas de tudo e até de política... “Não votei no Lula mas o seu governo foi uma agradável surpresa e este ano o meu voto é dele. Milagres não houve mas houve compromisso. E escândalos há em todos os governos do Mundo”, concluiu.
HISTÓRIA DE UM ALQUIMISTA REBELDE
Paulo Coelho nasceu em 1947, no Rio de Janeiro, Brasil e viveu com rebeldia os seus anos dourados: foi ‘hippie’ e compositor, actor e jornalista. Escreveu letras para Elis Regina e Rita Lee, fez parceria com Raul Seixas e, insatisfeito, não se poupou a experiências nem sempre ortodoxas: drogas e magia negra, internamento numa instituição psiquiátrica e prisão sob regime militar... Data de 1982 o primeiro livro sem qualquer impacto: ‘Arquivos do Inferno’, a que sucede ‘Manual Prático do Vampirismo’ (1985) que, posteriormente, mandou retirar do mercado. O ano de 1986 é o da peregrinação pelo Caminho de Santiago de que resultou ‘O Diário de um Mago’. E, em 1988, surge ‘O Alquimista’ que se tornou no livro brasileiro mais vendido de sempre.
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