As obras de conclusão do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, incompleto há mais de 200 anos, ficarão finalizadas até dezembro de 2018 e custarão 15 milhões de euros.
A autarquia de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa vão investir 11 milhões de euros (destes, seis milhões resultam da cobrança da taxa turística na capital) e o Ministério da Cultura avança com os restantes 4 milhões, provenientes da indemnização pelo roubo das joias da coroa portuguesa, em dezembro de 2002, numa exposição na Holanda.
De resto, a partir da data de conclusão das obras, o palácio acolherá um museu com milhares de exemplares das joias da coroa e tesouros da ourivesaria da Casa Real, que ficarão expostos numa caixa-forte com um sistema de segurança.
Serão 900 exemplares de joias reais, 830 joias de uso corrente, 4694 pratas utilitárias e decorativas e 172 peças de ordens e condecorações. Estão previstos mais de 200 mil visitantes por ano.
O protocolo para dar início à finalização do edifício (um dos maiores palácios da Europa), a partir de um projeto do arquiteto João Carlos Santos, foi assinado ontem pelo primeiro-ministro, António Costa, que defendeu que o crescimento do turismo deve ser aproveitado para "valorizar e preservar o nosso património material e imaterial" e elogiou os resultados da aplicação da taxa turística em Lisboa. "As taxas e taxinhas vieram e foram elas que acabaram a obrazinha", concluiu o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.